Delator da tentativa de golpe, o tenente-coronel Mauro Cid vai retirar a tornozeleira eletrônica, na segunda-feira (3), após decisão do ministro Alexandre de Moraes estabelecer o fim da medida cautelar.

Seguindo o protocolo, Cid irá ainda participar de uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda, em que será explicada a nova condição a que ele está submetido. Em seguida, haverá a retirada da tornozeleira.

+ Moraes determina que Mauro Cid comece a cumprir pena por tentativa de golpe

Mesmo sem o equipamento, ele segue com compromisso de se apresentar à justiça sempre que solicitado.

Nesta semana, houve o fim do prazo recursal contra a condenação pela Primeira Turma do STF. Todos réus se manifestaram, com exceção de Mauro Cid.

+ Bolsonaro já escolheu candidato para 2026, diz Ciro Nogueira

Condenado pela tentativa de golpe, o tenente-coronel não será preso. O tempo de pena, de 2 anos, estabelece que não é caso de encarceramento fechado nem em regime semiaberto.

Em mais de dez depoimentos à Polícia Federal (PF), Cid trouxe para investigação relatos sobre a pressão por um golpe no antigo governo, também a respeito da posse das joias sauditas e da adulteração de cartões de vacina.

+ Tentativa de golpe: STF começa a julgar recursos de Bolsonaro e outros seis réus em 7 de novembro

A expectativa da defesa é que os termos da delação cubram todos os processos, que atualmente estão parados.