Basília Rodrigues
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Coluna da Basília

Basília Rodrigues gosta de apurar e explicar. Jornalista há 18 anos, é especializada na cobertura de Política e Judiciário. Venceu Troféu Mulher Imprensa, +Admirados Jornalistas Brasileiros, Prêmio Especialistas, NaTelinha/UOL e Engenho.

Política

Vice-presidente da CPMI do INSS cobra depoimento de irmão de Lula: "Quem não deve, não teme"

Na semana passada, os parlamentares rejeitaram convocar Frei Chico para ser ouvido na comissão

Basília Rodrigues
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O vice-presidente da CPMI do INSS, Duarte Jr., criticou integrantes da comissão e o Supremo Tribunal Federal pelo esvaziamento das investigações. Em entrevista ao SBT News, o deputado afirmou que “quem não deve, não teme” e disse ter sido contrário à derrubada do depoimento do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical (Sindnap).

“Eu penso diferente deles (governistas) sobre não liberar depoimento do Frei Chico na comissão. Eu votei a favor de todos os requerimentos, de depoimento, de prestação de informações, de documentos porque eu acredito que quem não deve, não tem o que temer”, disse.

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De acordo com Duarte Jr., um pedido para ouvir Frei Chico pode voltar para pauta, se houver o surgimento de fatos novos. A comissão completou dois meses de funcionamento e deve acabar em março.

Para o parlamentar, o pior depoimento até aqui na comissão foi o do presidente do sindicato, Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo, “porque ele não usou o tempo nem para se apresentar”.

Sem apontar o nome das entidades, Duarte Jr. afirmou também haver indícios de que a fraude no INSS continua, ainda que em menor escala.

“Indícios de que pelo um décimo dessas associações continuam realizando descontos. Por isso, é importante ficar atento, olhar seu contracheque, olhar sua conta e ver que tipo de desconto está sendo realizado”, alertou.

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Apesar de integrar a base governista, o deputado manifestou descontentamento com a ação de grupos de todos lados políticos para reduzir a importância da comissão. Entre os exemplos, há requerimentos para ouvir tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro, quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Quem tenta todo dia esvaziar a CPMF são aqueles mesmos responsáveis pelo roubo. Para se realizar essa fraude, teve uma ajuda política, participação de deputados, participação de senadores, participação de servidores, clubes de carreira, servidores que passaram no concurso que estão no INSS há mais de 30 anos. Não há dúvida que há uma participação direta de presidentes do INSS, de ministros da Previdência e claro que essas pessoas, elas têm uma articulação, uma mobilização para tentar frear as investigações”, disse sem citar nomes de políticos.

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