Basília Rodrigues
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Coluna da Basília

Basília Rodrigues gosta de apurar e explicar. Jornalista há 18 anos, é especializada na cobertura de Política e Judiciário. Venceu Troféu Mulher Imprensa, +Admirados Jornalistas Brasileiros, Prêmio Especialistas, NaTelinha/UOL e Engenho.

Política

"Vamos colocar os adultos na sala", afirma autor da CPI que Senado decidiu abrir após mortes no RJ

Ideia do criador da Comissão Parlamentar de Inquérito, Alessandro Vieira (MDB-SE), é "mostrar soluções" e "entregar plano integrado com todos atores políticos"

Imagem da noticia "Vamos colocar os adultos na sala", afirma autor da CPI que Senado decidiu abrir após mortes no RJ
Senador Alessandro Vieira (MDB-SE), criador da CPI do Crime Organizado | Divulgação/Geraldo Magela/Agência Senado
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A CPI do Crime Organizado, que será instalada pelo Senado na próxima terça-feira (4), pretende ouvir especialistas, autoridades locais e federais sobre o avanço das milícias e facções no Brasil. O plano de trabalho deverá estabelecer nomes de governadores, como o do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), dos ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio, e também do diretor-geral da Policia Federal (PF), Andrei Rodrigues.

"O foco é colocar os adultos na sala. Fazer diagnóstico técnico das coisas no Brasil inteiro. Mostrar soluções implementadas dentro e fora do Brasil que funcionam, e entregar um plano integrado de segurança pública com todos atores políticos", afirmou ao SBT News o autor da CPI, Alessandro Vieira (MDB-SE), que pleiteia a relatoria da comissão. Ele defende que a CPI realize sessões também com moradores das regiões afetadas pelo crime organizado.

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Diante da repercussão nacional motivada pelas mortes no Rio, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou a criação da CPI. A definição veio após conversas entre ex-governadores de seus estados, como os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA), e também políticos do Rio, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

"Hoje tem muito marcadamente o entendimento de que bandido bom é bandido morto e no meio do caminho tem gente também fazendo o dever de casa. A gente tem que dar espaço também para quem está fazendo o dever de casa", disse Vieira.

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"Isso tem que ser sério. Fazer trabalho sério para dar resultado lá na frente. Se possível, entender como chegamos a esse estado de coisas porque não estamos condenados a ser um país condenado", concluiu.

A leitura de abertura da CPI foi feita no plenário do Senado em junho. Mas, desde então, não houve a instalação, nem a apresentação de todos integrantes.

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A CPI tem espaço para 11 titulares e 7 suplentes. Mas, afirmam senadores, há preocupação dos próprios políticos com fazer parte do grupo por causa do perigo da exposição para lidar com o assunto.

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