Brasil

Exclusivo: governador Cláudio Castro afirma que megaoperação marca o início da retomada do Rio de Janeiro

Cláudio disse que megaoperação, que deixou mais de 119 mortos, foi golpe duríssimo para organização criminosa e afirmou que é preciso resolver "esse problema"

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, falou com exclusividade ao Alô, Você nesta quarta-feira (29), um dia após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, considerada a mais letal da história do estado, com mais de 119 mortos.

+ Moradores encontram mais de 60 corpos em mata e total de mortes em operação no Rio chega a 132

“O Rio de Janeiro deu um grande golpe na criminalidade. Ontem foi um duríssimo golpe. Essa operação é um marco. Marca o início da retomada do Rio de Janeiro”, afirmou o governador em entrevista a Luiz Bacci.

Castro destacou que o estado demonstrou ser possível garantir segurança pública e reforçou que o problema da violência ultrapassa as fronteiras do Rio. “O Rio de Janeiro faz parte da solução do Brasil. Esse é um problema de segurança pública do país inteiro, não apenas do Rio de Janeiro”, disse.

O gvernador também revelou ter se reunido com mais de dez governadores de diferentes estados, que colocaram suas forças policiais à disposição do Rio. “Precisamos solucionar esse problema”, completou.

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Megaoperação

A megaoperação das forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro, deflagrada na terça-feira (28), nos Complexos da Penha e do Alemão, é considerada a mais letal da história fluminense. A ação, batizada de Operação Contenção, teve como objetivo desarticular lideranças do Comando Vermelho que atuam na região.

Cerca de 2.500 policiais civis e militares cumpriram mandados de prisão e busca na região. Ao todo, 113 suspeitos foram presos e 118 armas apreendidas.

As forças de segurança encontraram forte resistência armada. Houve relatos de intensos tiroteios, barricadas incendiadas em vias expressas e até o uso de drones por criminosos para tentar impedir o avanço policial.

A ação superou em número de mortos as duas operações mais violentas anteriores: a do Jacarezinho, em maio de 2021, que deixou 28 mortos, e a da Vila Cruzeiro, em maio de 2022, com 24 mortes, ambas realizadas durante o governo de Cláudio Castro (PL).

Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores dos complexos do Alemão e da Penha encontraram mais de 60 corpos na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia. Os corpos, que não aparecem no balanço oficial divulgado pelo governo do estado, foram levados para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã. Com isso, o número de mortos na operação pulou para mais de 130.

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