PL sente STF fechar o cerco contra partido, às vésperas de 2026
Entre conversas com dirigentes políticos e advogados, PL avalia como lidar com novo momento

O Partido Liberal (PL) avalia como reduzir os efeitos das últimas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que interferem no funcionamento da legenda. O ministro Alexandre de Moraes suspendeu a comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, nesta quarta-feira (20). Em decisão da primeira turma, nesta semana, Costa Neto também passou a responder a processo por tentativa de golpe.
Mais uma vez, o PL terá que transferir as comunicações entre Bolsonaro e Costa Neto a intermediários, como os senadores Flávio Bolsonaro e Rogério Marinho.
Diante da posição estratégica no partido, as principais decisões - desde definição de candidatos a uso de recursos - passam tanto por Bolsonaro quanto Costa Neto. Nesta quarta (21), Costa Neto se reuniu com Marinho e advogados, em agendas diferentes.
Da última vez que a justiça decidiu suspender o contato, Costa Neto e Bolsonaro passaram um ano proibidos de se falar, entre fevereiro de 2024 e março de 2025, o que impactou as articulações do partido nas eleições municipais.
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Ao SBT News, um importante dirigente do partido avaliou que as decisões encampadas pelo ministro Moraes apertam o cerco contra o PL, às vésperas das eleições de 2026.
A proibição de Costa Neto e Bolsonaro falarem era temida e esperada. Mas, ainda há preocupação com a adoção de outras medidas cautelares, como a eventual apreensão de passaporte de Costa Neto ou a impossibilidade de deixar o Distrito Federal.
Com Bolsonaro preso em casa, agendas com as quais o ex-presidente se comprometeu têm sido cumpridas por Costa Neto, a exemplo de viagens pelo Brasil.