Basília Rodrigues
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Coluna da Basília

Basília Rodrigues gosta de apurar e explicar. Jornalista há 18 anos, é especializada na cobertura de Política e Judiciário. Venceu Troféu Mulher Imprensa, +Admirados Jornalistas Brasileiros, Prêmio Especialistas, NaTelinha/UOL e Engenho.

Política

”A relação de Carlos era exclusivamente com Valdemar e o PL”, alega defesa de condenado foragido

Carlos Rocha segue foragido da prisão domiciliar, desde sábado (27). Defesa de engenheiro reforça argumento de que ele formulou estudo sobre urnas para o PL.

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A defesa do presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos Moretzsohn Rocha, que está foragido, alega que o cliente trabalhou a serviço do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e que se considera injustiçado pelo resultado do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF).

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“A relação dele era exclusivamente com o PL. Valdemar, principalmente. Atendeu um monte de gente, por telefone, a partir de pedidos do Valdemar. Carlos tinha obrigação de enviar informações todas ao PL. Acordo de confidencialidade. A questão é: quem faz um trabalho técnico, entrega para um cliente, e este faz mal uso, comete crime?”, ressaltou o advogado Melillo Diniz ao SBT News.

Carlos Rocha, de 70 anos, foi condenado a 7 anos de prisão, por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa armada. Ele é autor de análise que apontou para falhas nas urnas eletrônicas em 2022. O relatório serviu de base para ação do Partido Liberal (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedia a anulação de parte das urnas e levantava a suposição de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria vencido o pleito no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Valdemar, em seu depoimento, indicou claramente que as decisões que tomou, sem qualquer relação com Carlos, foram por pressão de parlamentares de sua bancada”, afirma o advogado do engenheiro.

Neste sábado (27), Rocha não foi localizado pela Polícia Federal, para o cumprimento de prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica. Por telefone, disse aos advogados que não informaria o novo endereço.

Procurada, a defesa de Valdemar Costa Neto disse à coluna que não iria se manifestar. Em outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu reabrir o processo contra Costa Neto, em função do 8 de janeiro. Apesar de indiciado durante a investigação pela Polícia Federal, Costa Neto não foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) entre os nomes recentemente julgados pelo STF. Durante as sessões de julgamento, o ministro relator Alexandre de Moraes defendeu a reabertura do caso de Valdemar Costa Neto, o que será realizado em procedimentos na PGR e no STF.

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