O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, vai encaminhar o caso do desembargador preso Macario Júdice Neto para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Macario foi preso na 2ª fase da Operação Unha e Carne, que investiga o vazamento de informações para o crime organizado.

De acordo com integrantes do CNJ ouvidos pelo SBT News, nesta terça-feira (15), Macario Júdice pode ser punido com perda do cargo de desembargador antes mesmo da conclusão do julgamento criminal.

Membros do CNJ avaliam que instituição tem dado mais celeridade a casos semelhantes.

Pela segunda vez, Macario Júdice responderá a processo no CNJ. Ele já ficou 18 anos afastado do cargo devido a outra acusação. Em 2005, o desembargador foi afastado por suposta participação em esquema de venda de decisões judiciais para Máfia dos Caça Níqueis, quando atuava no Espírito Santo. Macário foi absolvido judicialmente e tentou reverter a punição administrativa, o que ocorreu mesmo passado longo período afastado.

Este histórico terá peso na decisão do CNJ. Além disso, mensagens apreendidas pela polícia entre Macario e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, expõem proximidade e corroborariam investigação de vazamento de informações.

Defesa de Macario Júdice afirma que Moraes foi induzido ao erro e tenta reverter situação.