Ex-presidentes da Câmara vão a festa em Brasília em que atitude de Motta é assunto da noite
Comemoração em Brasília do aniversário do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, virou sessão de análise do momento pelo qual a Câmara passa

Os ex-presidentes da Câmara Arthur Lira e Rodrigo Maia compareceram em momentos diferentes a uma festa de aniversário na noite dessa terça-feira (9), em Brasília, com presença de vários deputados e conversas sobre a condução do atual presidente Hugo Motta.
O encontro de comemoração em Brasília do aniversário do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, virou uma sessão de análise do momento pelo qual a Câmara passa, em que a cassação dos deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP) foi dada como certa.
Motta pautou os dois processos para análise ainda neste ano.
Uma possível reeleição de Motta ao comando da Câmara, em 2027, foi colocada em dúvida por políticos de esquerda. Para eles, ficará mais difícil para o atual presidente repetir o feito de Maia e Lira em obter mandatos consecutivos. Maia esteve à frente da Câmara de 2016 a 2021, e foi sucedido por Lira até o início deste ano, quando Motta assumiu.
A eleição de Motta em fevereiro deste ano foi marcada por uma dura disputa com outras lideranças da casa que também queriam a presidência. Na festa dessa terça (9), uma dessas lideranças avaliou que está cada vez mais difícil gerir a Câmara e arrancou risos ao dizer que nem todo mundo tem vocação para gerente de hospício.
A percepção geral é de que Motta "perdeu a mão" ao autorizar a ação da Polícia Legislativa contra a ocupação da cadeira de presidente pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Mas, ao mesmo tempo, vários parlamentares externaram compreensão pelo momento pré-eleitoral e de conflitos.
Amigos de Motta, os deputados Odair Cunha e Aguinaldo Ribeiro foram perguntados pelos seus pares se souberam antes da decisão de Motta, mas disseram que não.
Parlamentares do PSOL, mesmo partido de Glauber Braga, afirmaram que o deputado decidiu radicalizar individualmente, porém criticaram o tratamento dado por Motta, que adotou outra postura com deputados de direita que também ocuparam a mesa diretora, em agosto.
Integrantes do PDT observaram que sentem Motta dragado pelo entorno, em referência à influência de políticos bolsonaristas e do centrão, e disseram que vão votar contra a cassação.































































