Cézar Feitoza
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Coluna do Cézar

Jornalista com passagem nas redações da Folha de S.Paulo, Correio Braziliense, O Antagonista e rádios como BandNews e CBN. Seu foco abrange o Judiciário e as relações entre os poderes civis e militares.

Política

Conversas com presidente da Alerj levam desembargador a prisão

Mensagens trocadas entre Macário e Bacellar levantaram suspeitas de que o desembargador teria vazado a operação que prendeu o deputado TH Joias

Imagem da noticia Conversas com presidente da Alerj levam desembargador a prisão
Deputado Rodrigo Bacellar | Foto: reprodução/redes sociais
Cézar Feitoza
• Atualizado em

A operação que prendeu nesta terça-feira (16) o desembargador Macário Judice Neto teve como base a análise do celular do presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Rodrigo Bacellar.

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Mensagens trocadas entre Macário e Bacellar levantaram suspeitas de que o desembargador teria vazado a operação que prendeu o deputado TH Joias para o presidente da Alerj na véspera.

Segundo investigadores ouvidos pelo SBT News, as conversas dos dois demonstram relação de confiança entre as autoridades.

Macário era o relator das investigações que chegaram a TH Joias, e a ordem de prisão do deputado estadual foi expedida pelo próprio desembargador.

Bacellar já havia sido preso há duas semanas pela suspeita de ter recebido a informação sobre a operação policial de forma antecipada e avisado TH Joias.

A defesa do Desembargador Macario Judice disse, em nota, que o "Ministro Alexandre de Moraes foi induzido a erro ao determinar a medida extrema. Ressalta, ainda, que não foi disponibilizada cópia da decisão que decretou sua prisão, obstando o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. A defesa apresentará os devidos esclarecimentos nos autos e requererá, oportunamente, a sua imediata soltura."

O presidente da Alerj acabou solto em votação na Assembleia Legislativa do Rio. Ele é alvo de nova busca e apreensão. Em nota, a defesa de Bacellar negou qualquer envolvimento dele, ressaltando que o parlamentar cumpriu todas as medidas determinadas e "não atuou, de nenhuma forma, para inibir ou embaraçar qualquer investigação, direta ou indiretamente, sendo certo que isso restará demonstrado".

A Polícia Federal cumpre dez mandados de busca e apreensão no Rio e em Espírito Santo, além do mandado de prisão contra Macário Judice Neto.

A operação foi autorização pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

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