Polícia

Imagens obtidas pela PF revelam que TH Joias foi avisado com antecedência de que seria preso

Vídeos obtidos pela corporação mostram, entre outras coisas, um caminhão-baú estacionado em frente à casa do ex-deputado horas antes da operação

Imagens obtidas pela Polícia Federal mostram que o ex-deputado Thiego Santos Silva, conhecido como TH Joias, foi avisado com antecedência sobre a operação que resultaria em sua prisão há três meses. Segundo a PF, o alerta teria sido dado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar, que teria recomendado ao ex-parlamentar que destruísse provas.

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Câmeras de segurança registraram um caminhão-baú estacionado em frente à casa de TH Joias, retirando caixas e objetos horas antes da operação. A PF também divulgou imagens de R$ 90 mil em dinheiro apreendidos no carro usado pelo deputado para ir prestar depoimento na sede da corporação.

TH Joias, preso por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e negociação de armas para o Comando Vermelho, teria enviado a Bacellar: vídeos da mudança sendo feita na véspera da operação; mensagens indicando que havia trocado de celular — movimento que a PF considera suspeito; e gravações mostrando freezers cheios de carne, em tom de deboche sobre eventual ação policial.

Bacellar está preso, desde quarta-feira (3), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e passou a noite na Superintendência da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio. Com a prisão, o primeiro vice-presidente da Alerj, Guilherme Delaroli (PL) — considerado braço direito de Bacellar — assumiu interinamente o comando da Casa.

Pela legislação, os deputados estaduais podem votar pela revogação da prisão do presidente da Casa. Para que Bacellar seja solto, são necessários 36 votos favoráveis, de um total de 70 deputados. União Brasil e PL, partidos de Bacellar e Delaroli, somam 28 cadeiras.

Nesta sexta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realiza uma sessão secreta para avaliar o caso. O parecer será encaminhado para votação no plenário.

O Ministério Público do Rio também investiga Barcellar por suspeita de enriquecimento ilícito. A PF aponta que o patrimônio declarado pelo ex-deputado em aplicações financeiras teve um salto de 832% em quatro anos, passando de R$ 85 mil em 2018 para R$ 793 mil em 2022.

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