Comissão Europeia defende acordo com Mercosul após ultimato de Lula
“Assinatura tem importância crucial; chegou o momento certo”, diz à coluna a porta-voz do braço-executivo da União Europeia

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, defendeu a conclusão imediata do acordo comercial com o Mercosul após o ultimato dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais cedo, o petista afirmou que desistirá do tratado se não houver assinatura até este sábado (20), durante a cúpula sul-americana em Foz do Iguaçu.
À coluna, a porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho, expressou o posicionamento da presidente do órgão, Ursula von der Leyen, sobre o impasse. França e Itália têm manifestado interesse em barrar o acordo — negociado por 26 anos — no Conselho Europeu, o que inviabilizaria a assinatura neste final de semana.
“A presidente Von der Leyen considera que a assinatura do acordo é de importância crucial: econômica, diplomática e geopolítica. Acredita que chegou o momento certo para concluir o acordo UE–Mercosul”, declarou Paula.
A porta-voz destacou ainda que a Comissão Europeia ouviu “atentamente” os agricultores europeus, os consumidores, os Estados-Membros e os eurodeputados. “E respondemos às preocupações com medidas de acompanhamento eficazes. Cabe agora aos líderes da UE decidir no Conselho Europeu”, acrescentou.
Nesta quarta-feira (17), Itália e França avaliaram a assinatura do acordo comercial como “prematura”. A resistência gerou incerteza na comunidade internacional e irritou o presidente brasileiro. "Eu já avisei para eles [europeus] que se a gente não fizer agora, o Brasil não fará mais acordo enquanto eu for presidente", disse Lula durante uma reunião ministerial.














