Ranier Bragon
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Coluna do Ranier

Ranier Bragon trabalhou na Folha de S.Paulo por 26 anos, onde foi um dos autores de reportagens que revelaram a evolução patrimonial da família Bolsonaro, o caso Wal do Açaí, as candidaturas laranjas e a fraude das transferências de títulos de eleitores.

Política

PSD e MDB e até PL foram fiéis da balança na salvação de Glauber Braga por apenas 6 votos de diferença

Partidos destoaram do centrão e garantiram a apertada vitória da esquerda na votação mais crucial do caso

Imagem da noticia PSD e MDB e até PL foram fiéis da balança na salvação de Glauber Braga por apenas 6 votos de diferença
Deputado Glauber Braga (Psol-RJ) | Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
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A salvação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ) nesta quarta-feira (10) ocorreu graças ao posicionamento crucial do PSD de Gilberto Kassab e do MDB de Baleia Rossi na votação mais decisiva da noite --que não foi a que suspendeu seu mandato por seis meses.

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O principal embate ocorreu momentos antes, quando foi a voto o chamado "destaque" da esquerda para que o plenário analisasse a suspensão do mandato antes do parecer pela cassação. 

Ou seja, caso esse destaque fosse derrubado, a votação da cassação ocorreria e Glauber muito provavelmente teria o mandato cassado. 

A esquerda, porém, teve sucesso por uma diferença mínima de 6 votos nesse destaque (226 a 220) e conseguiu, com isso, colocar a votação da suspensão na frente. Ela acabou sendo aprovada com folga, 318 a 141, o que tornou "caduca" a necessidade de votação da cassação.

Nesse embate com 6 votos de diferença, PP, Republicanos e União Brasil votaram em peso contra a manobra da esquerda. 

Já o MDB (19 a 9) e PSD (26 a 11) destoaram e garantiram, devido ao tamanho de suas bancadas, a vitória da preferência para o requerimento de suspensão.

Até o PL de Jair Bolsonaro, um dos partidos que mais defendeu a cassação, pode ser considerado decisivo na matemática, em se tratando de uma diferença tão curta.

Apesar de 75 deputados da bancada terem votado contra o destaque da esquerda, 3 votaram a favor: Fernando Rodolfo (PE), Pastor Gil (MA) e João Carlos Bacelar (BA). Ou seja, se eles tivessem seguido a posição majoritária do partido haveria um empate.

A certeza de cassação do mandato de Glauber era tamanha que, ao final, a esquerda comemorou como grande vitória a suspensão do mandato por seis meses. Glauber respondeu a processo por ter agredido um integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) em 2024.

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