Ranier Bragon
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Coluna do Ranier

Ranier Bragon trabalhou na Folha de S.Paulo por 26 anos, onde foi um dos autores de reportagens que revelaram a evolução patrimonial da família Bolsonaro, o caso Wal do Açaí, as candidaturas laranjas e a fraude das transferências de títulos de eleitores.

Política

Flávio reconhece não haver chance por ora de anistia a Bolsonaro

Projeto de perdão ao ex-presidente, condenado a 27 anos de prisão, não encontra respaldo no Congresso

Imagem da noticia Flávio reconhece não haver chance por ora de anistia a Bolsonaro
O senador Flávio Bolsonaro | Geraldo Magela/Agência Senado
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reconheceu na manhã desta terça-feira (9) não haver chance, pelo menos nesse momento, de aprovação de um projeto de anistia ao pai.

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O projeto de perdão ao ex-presidente, condenado a 27 anos de prisão, não encontra respaldo no Congresso, mas segue como bandeira pública do bolsonarismo, inclusive do próprio Flávio.

Na manhã desta terça, porém, ele mesmo se contradisse sobre o tema, quatro dias depois de anunciar ter sido escolhido pelo pai para disputar a Presidência da República em 2026.

Após visitar Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, o senador tentou se explicar sobre as declarações que havia dado no domingo no sentido de que a sua desistência tinha um preço, que era Bolsonaro anistiado e disputando com Lula a Presidência da República.

"Não foi um ato isolado aquilo que eu falei. Foi um ato que começou no final da manhã e foi até a noite. Eu falei qual era o meu preço: o meu preço era o Bolsonaro livre e nas urnas. Ou seja, não tem preço. Essa é a conclusão", disse o senador.

A declaração no sentido de afirmar que, na verdade, não há "preço" ou negociação em torno de sua candidatura, foi dada em resposta a pergunta de um jornalista sobre a mudança de discurso entre domingo e essa terça.

Flávio se reuniu na noite de segunda com os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda. Também na entrevista coletiva da manhã desta terça o senador manifestou não ter obtido apoio dos demais partidos, apenas compromisso de consulta às bases partidárias.

PSD e Republicanos, que também fazem parte do grupo de partidos de centro e de direita que dominam o Congresso, não compareceram.

A exceção do PL, que tende a se beneficiar principalmente nas eleições a deputado federal tendo um sobrenome Bolsonaro disputando a Presidência, os demais partidos do centrão trabalham pela candidatura do governador Tarcísio de Freitas.

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