Em meio a tensão, Motta deve adiar definição sobre Ramagem e pautas polêmicas para evitar mais desgastes
Aliados afirmam que presidente da Câmara escolheu deixar “poeira baixar” e priorizar aprovação do orçamento

Depois de se reunir com líderes partidários nesta segunda-feira (15), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu adiar a discussão dos pautas mais polêmicas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança e o projeto de lei antifacção, em uma tentativa de evitar novos desgates. De acordo com aliados de Motta, o objetivo é arrefecer os ânimos ao longo do recesso parlamentar.
Hugo Motta também deve evitar tratar do pedido de cassação do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O assunto não foi tratado na reunião desta segunda. Cabe ao presidente da Casa definir se a análise passaria pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), iria direto ao plenário, ou se ele mesmo decretaria a perda de mandato por faltas ou em decorrência do cancelamento dos direitos políticos após a condenação.
Na última semana, Motta desagradou tanto o governo quanto o Supremo Tribunal Federal (STF) quando decidiu pautar a cassação da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o projeto que reduz penas para presos e condenados pelo 8 de janeiro.
As decisões ainda isolaram o presidente da Câmara dos Deputados, que pautou os temas sem consultar companheiros de primeira hora, como líderes partidários. Após conversas com aliados ao longo do fim de semana, Motta decidiu deixar os temas problemáticos para o ano que vem.










