Marcela Mattos
Marcela Mattos

Coluna da Marcela

Pós-graduada em Relações Governamentais, Marcela Mattos construiu a carreira na cobertura política. Trabalhou na Revista Veja, acompanhando o Congresso Nacional e o poder em Brasília, além de passar pelo g1, TV Globo e Correio Braziliense.

Política

PDT adota silêncio total após operação envolvendo senador por suspeita de desvios no INSS

Partido de Weverton Rocha evita fazer qualquer desagravo a ele ou se manifestar sobre as investigações

Imagem da noticia PDT adota silêncio total após operação envolvendo senador por suspeita de desvios no INSS
Senador Weverton Rocha (PDT-MA) | Divulgação/Roque de Sá/Agência Senado
Marcela Mattos

Mais de 24 horas após uma nova fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, mirar o líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA), o partido ainda não deu qualquer manifestação pública em relação às suspeitas envolvendo um dos seus mais influentes filiados.

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Na manhã desta quinta-feira (18), Weverton foi alvo de buscas no âmbito da investigação que apura desvios no pagamento de aposentados e pensionistas. O parlamentar foi apontado como um “sustentáculo” das atividades financeiras de Antônio Camilo Antunes, o Careca do INSS, apontado como o operador das fraudes.

Conforme as investigações, Weverton seria o “beneficiário final” dos desvios, recebendo recursos por meio de assessores parlamentares. O secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, ex-assessor de Weverton, foi preso nesta última fase da operação.

Na distribuição de cadeiras na Esplanada dos Ministérios, o PDT foi alocado na Previdência inicialmente com Carlos Lupi, o presidente do partido. Lupi acabou demitido tão logo o escândalo veio à tona. No lugar dele assumiu Wolney Queiroz, também filiado à legenda, que atuava como o número 2 da pasta. Nesta quarta, o ministro disse que não tinha qualquer informação sobre irregularidades envolvendo o seu secretário-executivo, que acabou afastado do cargo por ordem judicial.

Em meio ao silêncio público, nos bastidores da legenda fala-se em “profundo pesar” e que “as políticas partidárias não contemplam ações como as investigadas”. Apesar disso, o envolvimento do senador pedetista é tratado com cautela, o que evita, ao menos por ora, qualquer ato em desagravo a ele.

Uma liderança da legenda relatou ter conversado com o presidente do PDT, Carlos Lupi, e que internamente a sensação é de surpresa e perplexidade. “Doeu no partido”, diz um filiado. Lupi foi procurado e instado a se manifestar, mas não respondeu aos contatos da reportagem. Em nota, Weverton negou as acusações.

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