Política

Assessor de Weverton trocava depósitos suspeitos com chefe de gabinete do Ministério da Previdência, diz PF

Troca de quantias financeiras é relatada em documento da Polícia Federal

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Weverton Rocha

A Polícia Federal encontrou, em meio aos documentos e celulares apreendidos de acusados na operação Sem Desconto, documentos que apontam para troca de depósitos suspeitos entre um dos assessores parlamentares de Weverton Rocha (PDT-MA), Eduardo Portal, e a chefe de gabinete na pasta, Vanessa Tocantins. Eduardo é filho do ex-secretário executivo do Ministério, Adroaldo Portal, preso hoje.

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“Entre 16 de agosto de 2023 e 05 de agosto de 2024, Vanessa movimentou o valor total de R$ 547.754,00, sendo R$ 274.703,00 a crédito e R$ 273.051,00 a débito. A maior parte dos créditos recebidos por Vanessa foi por meio de 18 depósitos que somaram a quantia de R$ 122.250,00”, diz o documento.

Parte dos recursos também foram transferidos entre Adroaldo e Eduardo. Outras planilhas, encontradas na casa do careca do INSS, contém registro de pagamento de propina no valor de 50 mil reais em favor de “Adro”. A polícia identifica menção como uma referência ao secretário executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal.

“Há um depósito realizado novamente por Eduardo, no valor de R$ 50.000,00(cinquenta mil reais), na conta de titularidade de Adroaldo, em 29 de janeiro de 2024. Dessa forma, entre 23 de outubro de 2023 e 29 de janeiro de 2024, houve créditos, por meio de depósitos em espécie, na conta de Adroaldo, que totalizaram R$ 249.900,00”

Uma planilha com o nome do senador Weverton Rocha (PDT-MA), indicando uma possível organização de repasses financeiros ao parlamentar. Ele é citado pelo policiais como “beneficiário final” ou “sócio oculto” do esquema que realizava descontos ilegais nas aposentadorias.

De acordo com apuração da âncora do SBT News, Rachel Landim, a PF pediu a prisão do senador, porque acredita que ele também recebeu esses recursos por meio de terceiro. No entanto, a Procuradoria Geral da República e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, foram contrários, por ainda não encontraram elementos suficientes de que isso ocorreu.

O senador Weverton Rocha informa que recebeu com surpresa a busca na sua residência, com serenidade se coloca à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas assim que tiver acesso integral a decisão.

Os documentos foram encontrados nos celulares de Alexandre Costa e Rubens Costa, auxiliares de Antônio Antunes Camilo, o careca do INSS.

“Registros encontrados entre seus arquivos e os de Rubens incluem planilha com referência ao Senador Weverton Rocha, identificado pela Polícia Federal como núcleo político que viabilizaria as atividades de Antônio Camilo”, diz o relatório da PF.

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