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Política

De ataque eleitoral a apoio militar: PF lista núcleos de investigação ligados a Bolsonaro

Inquérito aponta seis linhas de atuação, que incluem grupo específico para "ações golpistas"

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Investigações ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicam que houve mobilização coordenada, por mais de uma frente, para tentar um possível golpe de estado. As ações foram desenvolvidas por núcleos, com áreas temáticas que vão da desinformação e ataques ao sistema eleitoral à busca por apoio militar.

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Ao todo, foram seis linhas de atuação, voltadas para manter Bolsonaro como presidente por mais quatro anos. As indicações fazem parte de inquérito junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao qual o SBT News teve acesso, e listam integrantes de cada um dos grupos.

Na lista estão investigados por outras ações, além da operação da Polícia Federal (PF), desta quinta-feira (8), como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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Veja cada um dos grupos:

Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral

De acordo com o inquérito, uma vertente era voltada para a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas ligadas às eleições presidenciais de 2022. O grupo teria atuação voltada para estimular apoiadores do último governo a permanecerem em quartéis e instalações das Forças Armadas para criar ambiente de golpe de Estado.

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Faziam parte da articulação o ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o então ministro da Justiça, Anderson Torres. Outros nomes como Angelo Martins Denicolli, Fernando Cerimedo, Eder Lindsay Magalhães Balbino, Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques Almeida, Sérgio Ricardo Cavalieri de Medeiros e Tércio Arnaud Tomaz também são citados.

Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado

Outra frente era voltada para aumentar ataques contra militares que se opunham às investidas golpistas. "Os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais e através de influenciadores em posição de autoridade", diz trecho do inquérito.

O grupo contaria, segundo as investigações, com participação de Braga Netto – ex-ministro que concorreu como vice nas últimas eleições –, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Ailton Gonçalves Moraes Barros, Bernardo Romão Correa Neto e, novamente, Mauro Cid.

Núcleo Jurídico

Área voltada para dar apoio na elaboração de minutas e decretos ligados à tentativa de golpe. Como integrantes estavam Filipe Martins, assessor preso nesta quinta, Anderson Torres – que no passado foi preso por ter em mãos a minuta golpista –, Amauri Saad, José Eduardo de Oliveira e Silva e Mauro Cid.

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Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas

Outra frente em investigação teria atuado mediante intervenções de Mauro Cid, com planejamento e execução de medidas para manter manifestações em frente a quartéis. Além de mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília.

O grupo cita Sergio Cavaliere de Medeiros, Bernardo Romão Correa Neto, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Alex de Araújo Rodrigues e Cleverson Ney Magalhães.

Núcleo de Inteligência Paralela

A frente atuou com coleta de dados e informações que pudessem apoiar decisões de Bolsonaro para avançar em golpe de Estado. Entre as ações, o inquérito aponta monitoramento, deslocamento e localização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de outras autoridades da República.

O grupo teria apoio de Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro preso em operação, e Mauro Cid.

Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos

Com uso de patentes militares, o inquérito afirma que o núcleo atuou para influenciar e incitar apoio aos demais grupos de atuação – por endosso de ações e medidas para golpe. Braga Netto, Almir Garnier, Mario Fernandes, Estevam Theophilo Gaspar, Laércio Vergílio e Paulo Sérgio Nogueira são citados como participantes.

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