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Rapper Sean ‘Diddy’ Combs, preso por tráfico sexual, enfrenta nova denúncia de estupro

Vítima disse que permaneceu em silêncio sob ameaças; caso aconteceu em 2001

Imagem da noticia Rapper Sean ‘Diddy’ Combs, preso por tráfico sexual, enfrenta nova denúncia de estupro
Rapper Sean ‘Diddy’ Combs | Reprodução/redes sociais
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A americana Thalia Graves, que autorizou ter o nome divulgado, entrou com um processo contra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs, de 54 anos, por estupro. A denúncia foi apresentada na terça-feira (24), em um tribunal de Nova York, e soma-se aos outros processos já abertos contra o músico – preso no último dia 16 por tráfico sexual e extorsão.

Na denúncia, Thalia informa que o caso ocorreu há cerca duas décadas, em 2001. À época com 25 anos, ela foi chamada para uma reunião de negócios no estúdio de Combs, em Manhattan. Thalia recebeu uma carona do rapper, que ofereceu a ela uma taça de vinho. Ao chegar no estúdio, ela se acomodou no sofá e perdeu a consciência.

“Ela acordou e se viu nua e com as mãos amarradas atrás das costas”, descreve a denúncia. Thalia diz que Combs e seu segurança Joseph Sherman “passaram a abusá-la e a estuprá-la brutalmente", mesmo com ela gritando por ajuda.

Thalia perdeu a consciência novamente e quando acordou viu que estava sozinha. Ela, então, se vestiu rapidamente e fugiu do estúdio, pedindo ajuda para um motorista conhecido da família. Ao levar Thalia ao hospital, o homem pediu que ela denunciasse o estupro. Thalia, no entanto, decidiu permanecer em silêncio por medo de Combs.

“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, disse Thalia, acrescentando que viveu sob ameaças por mais de duas décadas.

Thalia disse que decidiu fazer a denúncia após a repercussão dos últimos casos. No ano passado, ela descobriu que Combs havia filmado o estupro e mostrado para vários homens, inclusive vendendo-o como pornografia. O objetivo do processo é impedir a divulgação do vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.

Quem é Sean ‘Diddy’ Combs?

Sean ‘Diddy’ Combs está entre os produtores e executivos de hip-hop mais influentes dos últimos 30 anos. Antes conhecido como Puff Daddy, ele construiu um dos maiores impérios do hip-hop, sendo fundador da Bad Boy Records e vencedor de três Grammys.

O rapper voltou a ter destaque na mídia em 2023, quando foi denunciado por estupro e abuso físico por sua ex-namorada, Cassie Ventura. Ele chegou a negar as acusações, mas admitiu a culpa após imagens de câmeras de segurança mostrarem ele chutando Cassie no corredor de um hotel em Los Angeles, em março de 2016.

A denúncia de Cassie causou uma avalanche de novas ações judiciais por agressão sexual contra Combs. Em fevereiro, por exemplo, um produtor musical apresentou uma ação alegando que o cantor o coagiu a solicitar prostitutas e o pressionou a ter relações sexuais com elas. Em outra acusação, uma mulher disse que o rapper a estuprou há duas décadas, quando ela tinha 17 anos. A defesa negou as acusações.

Em 16 de setembro, Combs foi preso, acusado de tráfico sexual. Ele é suspeito de administrar um esquema desde pelo menos 2008, no qual drogava e forçava vítimas de tráfico sexual a se envolverem em atos sexuais grupais com seus associados, às vezes por dias seguidos. Os atos, chamados de “Freak Offs”, eram gravados pelo rapper.

A promotoria não especificou quantas mulheres foram vítimas de Combs. Eles disseram apenas que o rapper as atraía com drogas, dinheiro e promessas de carreira. Após os abusos, ele ainda usava as gravações dos atos para garantir o silêncio das vítimas. Ele também exibia armas para intimidar as mulheres e possíveis testemunhas.

+ Casas do rapper Diddy são alvo de operação sobre tráfico sexual

Preso, o rapper aguarda julgamento. Na semana passada, o juiz Andrew L. Carter negou os pedidos da defesa para aguardar o julgamento sob fiança. Segundo o magistrado, o plano dos advogados, que incluíam o monitoramento de Combs por GPS e visitas limitadas, era insuficiente para garantir a segurança da comunidade e a integridade do caso.

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