Rapper Sean 'Diddy' Combs é preso em Nova York
Cantor é alvo em uma série de processos por agressão sexual
O rapper Sean ‘Diddy’ Combs, alvo em uma série de processos por agressão sexual, foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, na noite de segunda-feira (16). Segundo o procurador Damian Williams, a detenção foi baseada em uma acusação apresentada ao tribunal local, que deve ser divulgada ainda nesta terça-feira (17).
"No início desta noite, agentes federais prenderam Sean Combs, com base em uma acusação selada apresentada pelo SDNY [Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York]. Esperamos abrir a acusação pela manhã e teremos mais a dizer naquele momento”, disse o procurador, em comunicado.
Marc Agnifilo, advogado de Combs, lamentou a ordem de prisão, justificando que o cantor estava cooperando com as investigações. "Estamos desapontados com a decisão de prosseguir com o que acreditamos ser um processo injusto contra o Sr. Combs. Ele é uma pessoa imperfeita, mas não é um criminoso”, defendeu o advogado.
Combs está entre os produtores e executivos de hip-hop mais influentes das últimas três décadas. Anteriormente conhecido como Puff Daddy, ele construiu um dos maiores impérios do hip-hop, sendo fundador da Bad Boy Records e vencedor de três Grammys.
As acusações contra Combs vieram a público em novembro de 2023, quando a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do rapper, o denunciou por estupro e abuso físico. Ele chegou a negar as acusações, mas admitiu a culpa após imagens de câmeras de segurança mostrarem ele chutando Cassie no corredor de um hotel.
“É difícil refletir tempos sombrios da sua vida. Mas não há justificativa. Assumo total responsabilidade por minhas ações naquele vídeo. Fiquei enojado quando fiz isso. Comecei a fazer terapia, a ir para a reabilitação. Tive que pedir a Deus por sua misericórdia e graça. Eu sinto muito”, disse o cantor, em vídeo publicado nas redes sociais.
A denúncia de Cassie causou uma avalanche de novas ações judiciais por agressão sexual contra Combs. Em fevereiro, por exemplo, um produtor musical apresentou uma ação alegando que o cantor o coagiu a solicitar prostitutas e o pressionou a ter relações sexuais com elas. Em outra acusação, uma mulher disse que o rapper a estuprou há duas décadas, quando ela tinha 17 anos. A defesa negou as acusações.
Além dos processos de agressão sexual, Combs é alvo de uma investigação sobre tráfico sexual – acusação que enfrenta em três processos. No ano passado, duas propriedades pertencentes ao rapper, uma em Los Angeles e outra em Miami, foram vasculhadas por agentes do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.