Brasil já registrou mais de 46 mil casos de Covid em 2024
Segundo o último boletim da Fundação Oswaldo Cruz, houve aumento de testes positivos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
A Organização Mundial da Saúde fez um alerta para o aumento no número de testes positivos de COVID em dezenas de países do mundo. A alta de casos é atribuída à baixa vacinação.
Nem os atletas olímpicos escaparam: em Paris, 40 testaram positivo para COVID. Eles entraram nas estatísticas, que mostram aumento de 20% nos registros na Europa nas últimas semanas, em pleno verão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, dados de 84 países indicam um crescimento médio de 10% nos casos.
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O Brasil faz parte do grupo. Segundo o último boletim da Fundação Oswaldo Cruz, houve aumento de testes positivos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Ao todo, foram mais de 46 mil diagnósticos este ano. Já as internações cresceram entre idosos, em São Paulo, Amazonas e estados do Nordeste.
É a XBB, que evita a forma grave das cepas da Ômicron e também da subvariante de mesmo nome. O problema é que muita gente nem tomou as doses anteriores, facilitando a ação do vírus, principalmente nos grupos de risco.
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“O surgimento de novas variantes, quando encontram uma população mais suscetível, há já muito tempo sem vacinação, propicia um alastramento”, explica Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização. “Então, independente do número de doses que você tomou no passado ou quando foi a sua última dose, uma dose recente, atual, precisa ser administrada a todos que compõem essa população de risco”, complementa.
Agora, as doses estão destinadas a crianças entre seis meses e quatro anos, grávidas, puérperas, maiores de 60 anos, pacientes com imunidade comprometida, que tenham comorbidades, e ainda pessoas em situação de vulnerabilidade, como profissionais de saúde e indígenas.
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O aposentado Nobuo Arakaki conta que foi logo cedo a um posto em São Paulo. “Eu vim desde o início, todas as vacinas que passaram por aqui eu tomei e hoje tô tomando de novo”, afirma.
Já Vera Lucia Zednik, aposentada e pedagoga, conta que chegou a ser infectada pelo vírus antes das vacinas. “Não tinha a vacina ainda, tive em fevereiro de 2020. iquei muito mal. Quando surgiram as vacinas eu tomei todas”, confessa.
A Mayla teve COVID há dois meses. Porém, como estava com as doses em dia, os sintomas foram amenizados. “Senti uma forte dor de cabeça, sintomas de gripe, falta de apetite. Em três dias estava praticamente boa. Tomei todas as doses, o que fez com que os sintomas fossem muito mais leves”, revela.