Líderes de PT e PL antecipam posições antes da reunião de líderes na Câmara
Encontro deve opor cobrança do partido de Bolsonaro por pauta do fim do foro privilegiado e resistência da sigla do presidente Lula

Gabriela Tunes
A reunião de líderes da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12) deve ser marcada por clima tenso. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o encontro que teve com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), serviu para "zerar tudo" em relação aos conflitos da última semana.
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Ele disse que a representação contra a deputada Camila Jara (PT-MS) foi apresentada na sexta (8) à noite e ainda seguirá o procedimento da Corregedoria. Na avaliação dele, o caso de agressão envolvendo a petista deve ter desdobramentos.
Sóstenes também cobrou que seja cumprido o acordo para votar nesta semana o fim do foro privilegiado e, em seguida, a pauta da anistia. Ele criticou a decisão de Lindbergh Farias (PT-RJ) de acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a oposição: "Foi um desserviço ao Congresso judicializar a política".
Lindbergh, por sua vez, antecipou que a reunião desta segunda será "bem dura" e disse que não há chance de votar o fim do foro. Para o petista, a prioridade é avançar em projetos voltados à população, como proteção de crianças e adolescentes na internet e redução parcial do Imposto de Renda.
Ele afirmou que a última reunião de líderes serviu para deixar claro que o PT não negociaria a pauta da oposição: "Se teve alguma reunião paralela, ela não vale. Eles estão sem noção. Esse pessoal está fora da casinha", criticou.
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O líder do PT voltou a acusar a obstrução da oposição de ser uma tentativa de golpe. Ontem, ele enviou uma representação à PGR contra deputados que paralisaram funcionamento do plenário.