Paulinho da Força diz não há “nenhuma possibilidade” de seu relatório incluir “anistia”
Relator do PL da Dosimetria reforça que proposta reduz penas e não trata de perdoar crimes, enquanto o Partido Liberal pressiona por anistiar Jair Bolsonaro

Jessica Cardoso
O relator do projeto de lei (PL) da Dosimetria, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), afirmou nesta segunda-feira (8) que não há “nenhuma possibilidade” de seu relatório incluir “anistia” aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
“O pessoal do PL [Partido Liberal] voltou a falar nessa história de anistia. Desde o início, eu estou dizendo, não tem nenhuma possibilidade de ter anistia no meu relatório. No meu relatório não consta anistia e não vai constar”, disse o deputado.
Com apoio de partidos de centro, Paulinho elaborou uma versão que substitui o perdão por redução de penas.
“O que tem no meu relatório é uma redução de penas. E essa redução de penas solta todas aquelas pessoas que foram presas do dia 8 de janeiro. E os que foram considerados mandantes dos crimes tem uma pena reduzida proporcionalmente e, portanto, também serão beneficiados”, disse.
A posição do relator contrasta com a estratégia do Partido Liberal (PL), que defende a anistia “ampla, geral e irrestrita” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros envolvidos.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que lançou sua pré-candidatura à Presidência em 2026 com apoio do pai, afirmou recentemente que um eventual recuo político teria como “preço” a aprovação de uma anistia ampla.









