Criminosos que vendiam remédios abortivos pela internet são presos no RS
Quadrilha foi alvo de investigação contra o tráfico de misoprostol, usado ilegalmente para aborto em vários estados do país

Guilherme Rockett
Três pessoas foram presas em flagrante durante uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul contra uma quadrilha suspeita de vender remédios abortivos ilegalmente.
A investigação começou após o caso de uma gestante que, em abril do ano passado, chegou a um hospital no Rio Grande do Sul com fortes dores e acabou sofrendo um aborto. A mulher contou que havia comprado o medicamento pela internet e contratado uma assessoria técnica virtual para acompanhá-la durante o procedimento. No entanto, a orientação foi interrompida antes da conclusão do aborto, e a gestante ficou sem suporte, sentindo muita dor, o que a levou a buscar atendimento médico.
A operação policial foi deflagrada em diversos estados: Goiás, Paraíba, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e também no Distrito Federal. O grupo criminoso era especializado no tráfico de misoprostol, substância conhecida comercialmente como Cytotec, proibida no Brasil para uso em procedimentos de aborto.
As investigações apontaram que a quadrilha operava com uma tabela de preços para a venda do medicamento e utilizava um grupo de mensagens para se comunicar com possíveis clientes. De acordo com a Polícia Civil, mais de 250 mulheres faziam parte desse grupo.









