Tinta de tatuagem pode reduzir eficácia da vacina da covid-19, aponta estudo
Pesquisa em roedores indica que tintas de tatuagem migram para o sistema linfático e podem alterar a resposta imunológica; efeito em humanos não é comprovado

SBT Brasil
Um estudo preliminar divulgado nesta terça-feira (2) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) aponta que a tinta usada em tatuagens, especialmente nas cores preta e vermelha, pode interferir no funcionamento do sistema imunológico.
Estima-se que cerca de 30% dos brasileiros tenham alguma tatuagem. Entre desenhos discretos e corpos quase inteiramente ilustrados, esse mercado movimentou R$ 2,5 bilhões até 2024.
Mas, ao contrário do que a aparência superficial sugere, os efeitos da tinta vão além da pele. Pesquisadores da Università della Svizzera Italiana identificaram que compostos químicos presentes nos pigmentos se deslocam pelo organismo após a aplicação.
Nos testes realizados com roedores tatuados, os cientistas observaram que a tinta migra para o sistema linfático, onde pode permanecer por meses e eliminar células de defesa.
Em uma segunda fase, as vacinas aplicadas nos animais no mesmo local tatuado tiveram respostas diferentes: a imunização contra a gripe apresentou eficácia maior, enquanto a da covid-19 registrou efeito reduzido.









