Política

Citando prisão, líder do PT na Câmara pede que STF amplie investigações contra Bolsonaro

Lindbergh Farias solicitou perícia da tornozeleira eletrônica e identificação de todos que estiveram na casa do ex-presidente nas 72h anteriores ao ocorrido

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Jair Bolsonaro | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), protocolou uma representação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a “ampliação das investigações” contra Jair Bolsonaro (PL). A ação ocorreu um dia após o ex-presidente ser preso preventivamente por tentar violar a tornozeleira eletrônica.

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No documento, Farias solicita perícia imediata da tornozeleira, imagens do condomínio de Bolsonaro e identificação de todos que estiveram na casa do ex-presidente nas 72h anteriores ao ocorrido. Ele também pede que seja apurada a origem do ferro de solda utilizado para tentar abrir a tornozeleira, uma vez que o instrumento é “muito específico”.

“Há necessidade urgente de apuração: se o objeto já estava na residência; se foi levado por alguém nos dias anteriores; se ingressou no condomínio por meio de visitante, assessor, aliado político ou familiar; ou se foi entregue clandestinamente para facilitar fuga. A presença de instrumento tão específico não pode ser neutralizada”, argumenta o deputado.

Farias ainda solicita uma investigação sobre a vigília convocada por Flávio Bolsonaro na véspera do ocorrido. Ele alegou que houve tumulto na mobilização, realizada na porta do condomínio de Bolsonaro, que visava “dificultar a ação policial caso a violação da tornozeleira fosse bem-sucedida”. Outro pedido de apuração envolve Eduardo Bolsonaro, que incentivou acusados do 8 de janeiro a fugirem do Brasil.

“Solicitei que tudo seja investigado, especialmente que Jair, Flávio e Eduardo podem ter atuado de forma coordenada, sem prejuízo da eventual participação de terceiros que sejam identificados no curso das investigações”, disse Farias.

Entenda

Jair Bolsonaro foi preso no último sábado (22), na casa onde cumpria prisão domiciliar, em Brasília. A determinação foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes, que foi avisado pela Polícia Federal de que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira eletrônica às 0h08. Diante da vigília de apoiadores em frente ao condomínio do ex-presidente, o magistrado apontou “elevado risco de fuga”.

A tornozeleira foi levada para perícia no Instituto Nacional de Criminalística. Uma análise inicial apontou que o aparelho possuía sinais claros e importantes de avaria, com marcas de queimadura em toda sua circunferência e no local de encaixe/fechamento do case. Agora, as equipes analisam se houve utilização de ferro de solda no equipamento, como alegado por Bolsonaro.

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No domingo (23), Bolsonaro passou por audiência de custódia em Brasília, onde disse que tentou violar a tornozeleira eletrônica em meio a uma “alucinação” de que havia uma escuta da Polícia Federal no equipamento. Ele defendeu que a "paranoia" pode ter sido causada por uma nova medicação, iniciada há cerca de quatro dias, e negou que tinha qualquer intenção de fuga.

Ao final da audiência, a prisão de Bolsonaro foi mantida, já que ocorreu dentro da legalidade. Neste caso, a detenção é preventiva, o que significa que ainda não representa o início do cumprimento da pena do ex-presidente, condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de detenção por tentativa de golpe de Estado.

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