Polícia prende criminosos que torturaram e mataram idoso em assalto na zona sul de SP
Segundo os investigadores, um dos presos, que é menor de idade, esteve envolvido em outro roubo a residência seguido de morte, no mesmo bairro
Foram presos em São Paulo dois dos cinco criminosos que torturaram, até a morte, um idoso de 88 anos, durante um assalto nesta quarta-feira (15). A mulher da vítima esteve na delegacia para fazer o reconhecimento. Um dos suspeitos é menor de idade.
Uma câmera de monitoramento de uma casa vizinha registrou a movimentação dos criminosos. Pelo circuito é possível ver dois suspeitos observando a fachada da casa, provavelmente tentando identificar por onde poderiam invadir. Depois, a dupla retorna com mais outros três comparsas, confirmando os cinco suspeitos envolvidos no crime.
Pelo menos quatro deles invadiram a casa pelo portão, pulando o muro e entrando pela varanda do segundo andar. Dentro do local estavam João Massahiro Kanashiro, de 88 anos, e a esposa, uma idosa de 71. Depois de uma hora e meia, os criminosos vão embora carregando sacolas e mochilas.
O idoso foi encontrado caído no chão, ao lado do sofá, com mãos e pés amarrados. Ele também havia sido amordaçado.
A esposa da vítima contou que os ladrões estavam agressivos e que exigiam joias e dinheiro. Em estado de choque, ela contou à polícia que o marido reagiu ao assalto e que, naquele momento, os bandidos começaram a agredi-lo com socos e chutes. Em seguida, o amarraram.
"O que uma pessoa tem na cabeça de fazer uma coisa dessa com uma pessoa da idade dele? Ele nem tava ouvindo mais, tava andando todo capengadinho", disse a vizinha das vítimas, Odete Lima, em entrevista ao SBT Brasil.
Segundo os investigadores, o adolescente preso esteve envolvido em outro roubo a residência seguido de morte em janeiro do ano passado, no mesmo bairro. A vítima foi uma idosa, também de origem japonesa.
Casal de idosos foi amarrado e amordaçado
Uma perícia foi feita no local, com o corpo do idoso ainda na residência, por volta das 8h30. Ele tinha deficiência auditiva e a polícia crê que, em choque na presença dos bandidos, teria esboçado alguma reação.
Os criminosos amarraram os braços e pernas do casal, amordaçando-os. Os investigadores buscam saber se a vítima morreu de algum mal súbito ou se foi enforcada com um cachecol. Não há sinal de tiros na residência ou no corpo da vítima.
Após o crime, os criminosos fugiram carregando duas mochilas. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, investiga o caso. A companheira da vítima foi levada à delegacia em estado de choque, sem conseguir passar informações sobre a violência.