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Política

Renan Calheiros diz que levará o caso da “Abin paralela” à Justiça e pede fim da agência

Senador apontou que monitoramento da cúpula da CPI da Covid-19 pode ter prejudicado o trabalho; também convoca a PGR a “reabrir partes engavetadas por Aras”

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O senador chamou a atuação da Abin sob Bolsonaro de “grampolândia” | Reprodução Edilson Rodrigues/Senado
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse em seu perfil oficial no X (antigo Twitter) que levará o caso da apelidada “Abin paralela” à Justiça, “até em cortes internacionais”, por grampo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que apurou a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na condução da crise pandêmica.

A Polícia Federal (PF) investiga um suposto conluio na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente opositores do então governo.

+ Senadores vão entregar relatório da CPI da Covid a Gonet (atual PGR) e pedir abertura de investigações

Calheiros foi o relator da CPI. Para o parlamentar, a atuação da “grampolândia” pode ter prejudicado o andamento da CPI, relatada, que sugeriu o indiciamento de 66 pessoas. A lista inclui Bolsonaro e os três filhos políticos dele (Carlos, Eduardo e Flávio) e foi enviada à Procuradoria-geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na PGR, Augusto Aras decidiu por solicitar o arquivamento das investigações relacionadas ao relatório em novembro do ano seguinte, o que foi ignorado pela então presidente da Corte Suprema, Rosa Weber - que determinou a continuidade do inquérito pela PF. O caso segue no STF (via Pet nº 10.065/061/060).

Sobre este trâmite, Renan avalia que, a luz das novas descobertas, a Procuradoria deve “reabrir partes engavetadas por Aras”.

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Ainda em sua rede social, o senador disse que "o Brasil nunca teve uma agência de inteligência", que suas funções sempre foram "bisbilhotice política" e pediu o fim do órgão para "refundar uma agência digna desse nome".

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Operação Última Milha

Nomes do clã Bolsonaro e aliados são investigados por montra uma "Abin paralela” para acompanhar ilegalmente a localização de celulares de autoridades públicas, policiais, juízes e jornalistas, entre outros considerados adversários políticos ou desafetos do então governo. Segundo a PF, a nova e quarta fase da Última Milha, deflagrada na quinta (11), verificou que envolvidos criaram perfis falsos e divulgaram informações fraudulentas na internet.

"A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos", detalhou a PF, em nota.

Envolvidos, a exemplo do deputado federal, e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ) , dizem se tratar de uma trama política.

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