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"Abin paralela": Ramagem nega irregularidades e diz que ação da PF é política

Deputado e ex-diretor da agência de inteligência nega monitoramento de autoridades e diz não haver como ligar direção da Abin a software de espionagem

"Abin paralela": Ramagem nega irregularidades e diz que ação da PF é política
Alexandre Ramagem em coletiva à imprensa quando ainda delegado da PF, em 2017 | Reprodução Tomaz Silva/Agência Brasil
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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) negou em seu perfil oficial no X (antigo Twitter), que tenha utilizado o sistema First Mile para monitorar adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos, sobretudo, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que também é pré-candidato à prefeitura do Rio, disse que a investigação é política: “nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição”.

Ramagem aparece com 11% das intenções de voto em pesquisa Qaest divulgada no meio de junho, atrás do atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que tem 51% das intenções e busca a reeleição.

+ Veja alvos da "Abin paralela" de Bolsonaro: Lira, Renan, Barroso, Toffoli, Fux, Moraes, Doria e outros

Segundo o parlamentar, a aquisição do sistema “foi regular com parecer da AGU [Advocacia-Geral da União]”. Para ele, “a PF [Policia Federal] quer, mas não há como vincular o uso da ferramenta pela direção-geral da Abin” – posto que ele ocupava durante o período analisado pelos agentes.

Ramagem e nomes do clã Bolsonaro, mais apoiadores, são investigados por montra uma "Abin paralela” para acompanhar ilegalmente a localização de celulares de autoridades públicas, policiais, juízes e jornalistas, entre outros considerados adversários políticos ou desafetos do então governo. Segundo a PF, a nova e quarta fase da Última Milha, deflagrada na quinta (11), verificou que envolvidos criaram perfis falsos e divulgaram informações fraudulentas na internet.

+ Como funciona o FirstMile, programa usado pela Abin para espionar pessoas?

"A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos", detalhou a PF, em nota.

O deputado nega irregularidades. “Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas na verdade não. Não se encontram em first mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de whatsapp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade”.

Em gravação, segundo a PF, o ex-chefe da Abin teria sugerido investigar auditores federais para proteger o senador Flávio Bolsonaro (primogênito de Bolsonaro) em caso de "rachadinha" no seu gabinete, que apurava possíveis desvios de salários enquanto ele era deputado estadual.

A gravação teria 1 hora e 8 minutos, e ainda conta com a participação do ex-ministro Augusto Heleno, que comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de uma advogada de Flávio Bolsonaro — que não teve o nome revelado.

"Neste áudio, é possível identificar a atuação de Alexandre Ramagem indicando, em suma, que seria necessário a instauração de procedimento administrativo contra os auditores da Receita com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar os auditores de seus respectivos cargos", diz trecho do relatório da PF divulgado na quinta (11).

+ "Abin paralela": Moraes é citado em mensagens que sugerem tiro na cabeça do ministro

Ramagem nega favorecimento do “01”: “Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial”, afirmou.

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