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Randolfe diz que monitoramento de autoridades pela Abin foi crime contra a democracia

Líder do governo também avaliou que agência atuou diretamente contra senadores que estavam na CPI da Covid: “Trágico”

Randolfe diz que monitoramento de autoridades pela Abin foi crime contra a democracia
Pedro França/Agência Senado
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Com fortes críticas ao que ficou conhecido como “Abin Paralela”, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que a Agência de Inteligência foi utilizada em crimes contra a democracia.

+ "Abin paralela": PF cumpre cinco mandados de prisão contra alvos em quatro estados e no DF

“Durante o período anterior se montou um aparato repressivo com a intenção clara de romper o estado democrático de direito e que, entre gravíssimos crimes coletivos, estava a violação da intimidade privada de opositores do governo”, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira (11).

O político também destacou que congressistas que atuaram na CPI da Covid-19 fazem parte dos alvos de monitoramento ilegal da agência, apontando gravidade na condução da Abin.

“O fato dos dirigentes da CPI da Covid terem sido monitorados, além de mim, os colegas senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, só traz também a cena um caráter trágico. Enquanto brasileiros morriam, o governo anterior, ao invés de se preocupar em comprar vacina, se preocupava em perseguir e monitorar os adversários políticos do regime”, destacou.

Randolfe ainda disse considerar que a ação foi um dos piores crimes contra instituições. O senador é citado em relatório da Polícia Federal como um dos alvos do monitoramento ilegal da Abin: “Estamos diante do que considero que é o mais grave crime contra as instituições democráticas brasileiras e o maior aparato de espionagem contra a vida privada de cidadãos que se tem notícia na história nacional”.

+ PF: Carlos Bolsonaro era líder político da "Abin paralela"

Outros citados

Além do líder do governo, outros senadores citados se posicionaram contra o uso da agência. Renan Calheiros (MDB-AL), à época relator da CPI da Covid, disse repudiar o uso das estruturas do estado e confiar em investigações e julgamento dos culpados.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que também fazia parte da CPI, teria entrado na mira da agência após apresentar pedidos para convocação do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme aponta a investigação da PF. O político atrelou o movimento à ditadura.

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