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Presidente do INSS admite que descontos em benefícios "nunca foram reavaliados"

Gilberto Waller Júnior afirmou que, antes da operação Sem Desconto, relação entre instituto e associações era baseada na confiança

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Presidente do INSS, Gilberto Waller | Divulgação/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, admitiu nesta sexta-feira (16) que a autarquia nunca exigiu que as entidades associativas revalidassem, de tempos em tempos, as autorizações concedidas por aposentados e pensionistas para desconto de mensalidades nos benefícios. Ele disse acreditar que a falha pode ter aberto uma brecha para o cometimento das fraudes.

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Gilberto Waller afirmou que, nos últimos anos, a relação entre o instituto e as associações se baseou na confiança. "Os descontos começaram a ser feitos em 1994. Desde então, as instruções normativas do INSS traziam uma confiança e uma parceria com essas entidades. Elas celebravam um acordo de cooperação técnica com o INSS e passavam a informação de quem era associado e quem tinha autorizado. Na confiança, esses valores eram descontados dos contracheques", afirmou.

Ele reforçou que, apesar da prerrogativa de inspecionar esses acordos, o instituto nunca o fez. "O INSS tinha o poder de, havendo qualquer dúvida, checar se a instituição tinha os documentos comprobatórios desse vínculo associativo. Só que isso nunca foi feito."

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O presidente do INSS acrescentou que, a partir de 2019, as reclamações sobre vínculos não existentes explodiram, acendendo um sinal de alerta, mas nada de mais efetivo foi feito.

"Uma medida provisória foi editada para obrigar essa checagem e essa medida não entrou em vigor, deixando uma situação muito frouxa para essas associações", disse.

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