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INSS e Correios discutem parceria para atender vítimas de fraude em pensões e aposentadorias

Reunião foi 'primeiro passo' para possível atendimento presencial a segurados; avaliação é que diversificar as funções dos Correios também pode ajudar a empresa

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Correios | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Os presidentes do INSS, Gilberto Waller Junior, e dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, se encontraram nesta quinta-feira (15), em Brasília, para discutir a possibilidade de uma parceria para atender aposentados e pensionistas vítimas das fraudes envolvendo descontos associativos.

Participaram, além dos presidentes, integrantes do corpo técnico do INSS e dos Correios e assessores das duas partes. O encontro durou menos de uma hora e foi considerado "um primeiro passo". Não houve anúncio após a reunião.

Para o presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), Roberval Correa, os Correios têm força logística e infraestrutura suficientes para atender à demanda dos segurados do INSS. "É uma iniciativa que pode ter muitas chances de sucesso, em especial com a população idosa. No Brasil não tem nada mais próximo das pessoas do que os Correios", disse.

Roberval considera que o avanço de uma parceria entre os Correios e o INSS pode ajudar a tirar a empresa da atual crise financeira, com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões só no ano passado. "Os trabalhadores [dos Correios] estão apreensivos com o futuro da organização. A diversificação de atividades vem se somar nessa busca de soluções", defendeu.

Para que isso acontecesse, no entanto, o presidente da ADCAP pontua que seria necessário pensar em formas de capacitação dos mais de 80 mil profissionais dos Correios. "Sendo priorizada essa atividade, teremos condições de realizá-la. Mas é preciso preparação para que se atendam aos interesses do INSS, sem comprometer a qualidade dos serviços que prestamos como origem", afirmou.

Crise nos Correios

Na última segunda-feira (12), os Correios divulgaram um plano de trabalho para contornar o resultado negativo amargado pela empresa no ano passado. Conforme documento que circulou internamente, a ordem agora é cortar gastos. Entre as possibilidades apresentadas para driblar a crise estão incentivo à redução da jornada de trabalho, suspensão temporária de férias e adesão a novos formatos de planos de saúde.

Da parte do governo, o entendimento é que ampliar o atendimento aos segurados é um dos objetivos centrais da resposta ao escândalo envolvendo descontos associativos não autorizados dos benefícios de aposentados e pensionistas. Isso porque, hoje, os pedidos de ressarcimento dos beneficiários só podem ser feitos pelos canais digitais do "Meu INSS" ou pela Central de Atendimento, no telefone 135.

Em entrevista ao SBT, na segunda-feira, o presidente do instituto admitiu que firmar parcerias com os Correios e com a Caixa Econômica é uma das possibilidades estudadas para isso. Reabrir agências do INSS também é uma saída possível, sobretudo para alcançar as vítimas que não conseguem acessar o site ou aplicativo.

"Os Correios já são parceiros antigos. A Caixa tem uma capilaridade no Brasil todo e o INSS, creio que não tenha sido uma decisão muito correta o fechamento de agências. Talvez a gente vá reabrindo [essas agências] paulatinamente", afirmou Gilberto Waller.

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