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Saúde

Não é só uma gordurinha no fígado: mitos e verdades sobre esteatose hepática

Entenda a condição que afeta o órgão, suas causas, sintomas e como é o tratamento

Imagem da noticia Não é só uma gordurinha no fígado: mitos e verdades sobre esteatose hepática
O que causa a gordura no fígado e como prevenir o problema. | Freepik
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Você já ouviu falar em fígado gorduroso? Essa condição, conhecida como esteatose hepática, afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. Mas, afinal, o que é essa doença e como ela pode afetar o seu dia a dia?

O que é a esteatose hepática?

Imagine seu fígado como uma fábrica que trabalha incansavelmente para processar tudo o que você come e bebe. Na esteatose, essa fábrica começa a acumular gordura em excesso, prejudicando seu funcionamento. As células do fígado ficam cheias de gordura, como se fossem esponjas, o que pode levar a problemas mais graves.

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Por que meu fígado está ficando gorduroso?

As principais causas da esteatose hepática não alcoólica são:

Alimentação desequilibrada: o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura e açúcar pode sobrecarregar o fígado;

Sedentarismo: a falta de atividade física contribui para o acúmulo de gordura no corpo, incluindo o fígado;

Obesidade: o excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o fígado gorduroso;

Diabetes: o diabetes mellitus aumenta a resistência à insulina, o que pode levar ao acúmulo de gordura no fígado;

Hipertensão: a pressão alta, quando não controlada, também pode contribuir para o desenvolvimento da esteatose hepática.

Quais sintomas posso apresentar?

Em muitos casos, a esteatose hepática não apresenta sintomas. Quando eles aparecem, podem ser inespecíficos, como:

● Fadiga;

● Fraqueza;

● Perda de apetite;

● Dor abdominal;

● Icterícia (pele e olhos amarelados)

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Como saber se tenho fígado gorduroso?

Para diagnosticar a esteatose hepática, o médico pode solicitar exames como:

Exames de sangue: avaliam as enzimas hepáticas e a função do fígado;

● Ultrassonografia abdominal: permite visualizar o fígado e identificar o acúmulo de gordura;

Tomografia computadorizada e ressonância magnética: fornecem imagens mais detalhadas do fígado;

● Elastografia: avalia a rigidez do fígado, indicando a presença de fibrose;

● Biópsia hepática: é o exame mais preciso, mas é invasivo e nem sempre necessário.

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Como posso tratar e prevenir a esteatose hepática?

O tratamento da esteatose hepática envolve mudanças no estilo de vida:

● Perda de peso: mesmo uma pequena perda de peso pode melhorar significativamente a condição do fígado;

● Alimentação saudável: priorize alimentos ricos em fibras, frutas, verduras e grãos integrais. Evite alimentos processados, bebidas açucaradas e gorduras saturadas;

Atividade física regular: pratique exercícios regularmente, como caminhar, correr, nadar ou pedalar;

Controle do diabetes e da hipertensão: siga o tratamento indicado pelo seu médico;

Medicamentos: em alguns casos, podem ser indicados para controlar os níveis de gordura no sangue e reduzir a inflamação.

Mitos e Verdades sobre a esteatose

● Mito: só quem bebe muito desenvolve fígado gorduroso. Verdade: embora o consumo excessivo de álcool seja uma causa, a maioria dos casos está relacionada à alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade;

● Mito: fígado gorduroso é coisa de adulto. Verdade: crianças e adolescentes também podem desenvolver a doença, principalmente aqueles com obesidade e resistência à insulina;

Mito: a esteatose hepática não causa sintomas. Verdade: em estágios iniciais, a doença é assintomática, mas pode causar fadiga, dor abdominal e icterícia à medida que avança;

Mito: o fígado gorduroso não é grave. Verdade: se não tratada, pode evoluir para esteatohepatite não alcoólica (NASH), cirrose e câncer de fígado;

Mito: qualquer dor abdominal é sinal de fígado gorduroso. Verdade: a dor abdominal pode ter diversas causas e nem sempre está relacionada ao fígado.

Mito: os efeitos do fígado gorduroso são limitados ao fígado. Verdade: está associado a doenças como diabetes e hipertensão, aumentando o risco de complicações;

Mito: tomar remédio resolve o problema. Verdade: não há medicamento específico para curar a esteatose. O tratamento exige mudanças no estilo de vida;

Mito: se eu parar de beber, meu fígado vai ficar bom. Verdade: parar de beber é essencial na esteatose alcoólica, mas em alguns casos, as lesões podem ser irreversíveis.

A esteatose hepática é uma doença silenciosa que pode ter sérias consequências para a saúde. Ao adotar hábitos de vida saudáveis, você pode prevenir e tratar a doença, garantindo uma vida mais longa e saudável.

Lembre-se: seu fígado merece cuidado! Consulte seu médico regularmente e faça exames de rotina para acompanhar sua saúde.

*Rodrigo Souza é cardiologista, CRM-PA 7926 / RQE 4130 / 4137

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