Saúde

Estudo descobre como o zika vírus afeta a formação do cérebro de bebês; entenda

Vírus transmitido pelo Aedes Aegypti "rouba" proteína da placenta, chamada ANKLE2, essencial para o crescimento do cérebro do feto

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Zika vírus é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti | Reprodução

Como o zika vírus interfere no desenvolvimento cerebral de bebês? Atrás dessa resposta, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos (EUA), buscaram entender como é uma das principais causas da microcefalia.

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O estudo, publicado nesta segunda-feira (13) na revista mBio, revelou que o vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, "rouba" uma proteína da placenta, chamada ANKLE2, essencial para o crescimento do cérebro do feto, para usar em seu próprio ciclo de reprodução.

Líder da pesquisa e responsável pela descoberta, a geneticista molecular Priya Shah, que descreveu o fenômeno como um caso de "estar no lugar errado na hora errada".

Como o estudo foi feito?

O estudo revelou que o zika vírus utiliza a proteína ANKLE2 da placenta para criar estruturas que favorecem sua multiplicação nas células. Essa proteína é crucial para o desenvolvimento cerebral fetal, mas, ao ser sequestrada pelo vírus, compromete esse processo.

Em experimentos com células humanas que não possuíam a proteína ANKLE2, o zika teve uma capacidade de multiplicação significativamente reduzida, indicando a importância dessa substância na replicação viral.

Além de sua atuação no organismo humano, a pesquisa também mostrou que a ANKLE2 é utilizada pelo vírus zika nas células de mosquitos, sugerindo que a proteína desempenha um papel importante tanto nos humanos quanto nos insetos hospedeiros. De acordo com o estudo, essa interação pode ser fundamental para o vírus se camuflar e evitar as defesas do corpo, o que possibilita sua propagação em larga escala.

Sintomas leves que apresentam risco para gestantes

Apesar dos sintomas da zika serem leves, como febre baixa, manchas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos, é perigoso para gestantes devido ao risco de microcefalia nos bebês. O vírus é conhecido por causar microcefalia em bebês quando a mãe é infectada durante a gestação, levando a um desenvolvimento anormal do cérebro, com consequentes impactos no crânio e nas capacidades cognitivas da criança.

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