Publicidade

Padilha: Lula disse "aquilo que outras lideranças internacionais já disseram"

Ministro das Relações Institucionais comentou declaração do presidente sobre guerra em Gaza

Padilha: Lula disse "aquilo que outras lideranças internacionais já disseram"
Publicidade

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por comparar os ataques a Gaza por Israel ao holocausto.

+"Polêmico incidente diplomático": fala de Lula sobre Holocausto repercute na imprensa internacional

Segundo o líder da articulação no governo, o dito pelo presidente foi “aquilo que outras lideranças internacionais já disseram, não só chefes de estado, sociedade, profissionais de saúde, representantes de agencias da ONU, que tem um massacre acontecendo e que tem que encerrar o mais rápido possível”.

Quando perguntado sobre o processo iniciado por parlamentares que exige a retirada de Lula, classificou o pedido de impeachment como “desqualificado”.

Alexandre Padilha afirmou que a manobra política não vai progredir, assim “como outros também não progrediram”. “Tenho certeza absoluta de que vamos repetir, esse ano de 2024, o bom sucesso da relação política entre governo e Congresso Nacional que nós tivemos em 2023”, completou.

+O que significa a volta de um embaixador? Entenda pedido do governo e a crise com Israel

Para o palaciano, o primeiro-ministro do Estado judeu, Benjamin Netanyahu, tentou criar uma situação maior sobre a polêmica fala de Lula.

“O grande fato político e diplomático [...] é o posicionamento histórico dos Estados Unidos definindo o cessar-fogo de Israel nesse conflito gravíssimo”, exemplificou em entrevista ao Roda Viva da TV Cultura na segunda (19).

“Quem está com posição comprometida é Israel, especificamente Netanyahu”. Segundo o ministro, a proposição norte-americana é um posicionamento histórico. “Reconheceram, que não é possível admitir a continuação da atividade militar”, afirmou sobre.

+Lula recebe secretário dos EUA em meio a crise diplomática com Israel

Relação Rui Costa e Arthur Lira

Ao ser questionado sobre o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ter sido escalado para tratar com presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a mando do governo, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou achar “ótimo”.

É trabalho da pasta de Padilha a interlocução entre os poderes, sobretudo entre Legislativo e Executivo. Todavia, Lira há muito reclamava da articulação realizada pelo ministro.

"As conquistas que tivemos no ano passado, foi o tempo todo operando com vários interlocutores... No Senado, na Câmara, quanto mais ministro conversando com o presidente da Câmara, o presidente do Senado, com líderes... Para mim é melhor", pontuou esclarecendo que todas as mediações passam por orientações.

+Padilha nega crise entre governo e Congresso e defende participação de ministros em negociações

Sobre a imagem de Arthur Lira, membro da oposição, o ministro das Relações Institucionais classificou como “postura muito importante”.

“O presidente da Câmara, embora ele tenha votado no candidato derrotado, foi, se não me engano, o primeiro presidente de um Poder a ligar para o presidente Lula e reconhecer o resultado eleitoral. Foi muito importante durante a transição, em dar estabilidade, reforçar a estabilidade. Quando teve o 8 de Janeiro, ele foi o primeiro a me ligar”, contou Padilha.

+Ministro de Lula garante que governo vai cumprir acordos firmados com Lira

Ato de Bolsonaro no domingo (25)

O ministro Padilha reafirmou que Bolsonaro é “um líder de barro”. Fala foi inicialmente proferida em 9 de janeiro. Na visão dele, o ex-presidente é uma liderança que “não se sustenta”. “Não consegue liderar uma oposição política, por que não tem discurso para a sua posição”.

“Se as pessoas quiserem ir para a manifestação, que possam ir. As pessoas escolhem de que lado da história querem estar. Eu quero estar sempre do lado da democracia”, avaliou o líder da articulação do governo.

Três governadores confirmaram presença no evento: Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. Alguns congressistas também devem marcar presença.

+Bolsonaro diz à PF que ficará em silêncio durante depoimento sobre participação em tentativa de golpe de Estado

Ao mencionar o bloco evangélico, que fortaleceu a convocação do ato na Paulista, Alexandre Padilha avaliou que “já se aceitou criar uma separação entre o presidente Lula e o evangélico” por conta de notícias falsas. Mas reforçou o compromisso do Executivo com a liberdade religiosa.

“É um ato convocado por um ex-presidente da República, um dia depois que a Polícia Federal trouxe evidências robustas de que tinha uma organização criminosa no Palácio do Planalto que atentava contra a democracia” — Alexandre Padilha.

Troca dos nomes em agências

Quando questionado se o governo deveria ter feito um “pente fino” mais rigoroso na troca de governos (de Bolsonaro para Lula 3), o palaciano disse ser contra uma “espécie de macartismo”.

+Padilha defende investigações e diz que Abin atuou como “organização criminosa” no governo Bolsonaro

Entretanto, alertou: “a medida que as investigações vão progredindo, eu sou absolutamente favorável a uma punição severa a absolutamente todos aqueles que ou planejaram, ou executaram, ou financiaram os atos golpistas”.

Guilherme Boulos (Psol-SP) e eleições em 2024

“Na cidade de São Paulo vamos ter uma polarização muito importante, a candidatura de Guilherme Boulos é a cara do presidente Lula. Acho que tem todas as condições de construir uma frente ampla entorno dele”, analisou o ministro.

“Em algumas das cidades, sobretudo as maiores, nós vamos ter polarização. E eu defendo, que a gente faça de tudo para isolar a extrema-direita nessas grandes cidades e sermos vitoriosos” — Alexandre Padilha, ministro do Governo Lula 3.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Governo Lula
Governo
Lula
Bolsonaro
Guilherme Boulos

Últimas notícias

COP29: Texto do Brasil sobre clima tem como base relatórios da ONU, mas é criticado por organizações

COP29: Texto do Brasil sobre clima tem como base relatórios da ONU, mas é criticado por organizações

Cruzamento de documentos mostra alinhamento brasileiro na questão climática; ausência de prazos, entretanto, é mal avaliada
MP desarticula facção que movimentou 32 milhões dentro de presídio

MP desarticula facção que movimentou 32 milhões dentro de presídio

Ações do grupo envolviam agiotagem, venda de drogas e lavagem de dinheiro. Na operação, 19 pessoas foram presas
MP junto ao TCU pede suspensão dos salários de 25 militares indiciados por plano de golpe

MP junto ao TCU pede suspensão dos salários de 25 militares indiciados por plano de golpe

Um dos maiores rendimentos é do general da reserva Braga Netto, ex-vice na chapa de Bolsonaro: R$ 35 mil
Criminosos se vestem de agentes da Polícia Federal para roubar mansão no Morumbi

Criminosos se vestem de agentes da Polícia Federal para roubar mansão no Morumbi

Bandidos invadiram a residência, mantiveram quatro mulheres como reféns e fugiram com joias. Até o momento, ninguém foi preso
Procuradoria prevê denunciar Bolsonaro apenas em 2025

Procuradoria prevê denunciar Bolsonaro apenas em 2025

Indiciado por tentativa de golpe e organização criminosa, ex-presidente é alvo de outros dois inquéritos; penas podem chegar a 68 anos de prisão
"Ainda Estou Aqui": livro que inspirou filme é o mais vendido do país

"Ainda Estou Aqui": livro que inspirou filme é o mais vendido do país

Obra lançada em 2015 viralizou após estreia nos cinemas brasileiros; mais de 1 milhão de pessoas já assistiram a adaptação
Kendrick Lamar, rapper indicado ao Grammy, lança novo álbum de surpresa

Kendrick Lamar, rapper indicado ao Grammy, lança novo álbum de surpresa

Lançamento pegou os fãs de surpresa. Uma das músicas em destaque é "Squabble Up", que aborda a rivalidade entre Lamar e o rapper Drake
 Padilha diz que inquérito do golpe isola ainda mais aliados de Bolsonaro

Padilha diz que inquérito do golpe isola ainda mais aliados de Bolsonaro

O ministro das Relações Institucionais criticou Tarcísio de Freitas por "puxar a fila" da defesa de Bolsonaro: "Apequena o papel do governo de São Paulo"
Ministério Público tem 5 dias para se pronunciar sobre caso que investiga Gusttavo Lima e Deolane

Ministério Público tem 5 dias para se pronunciar sobre caso que investiga Gusttavo Lima e Deolane

Famosos foram investigados em suposto esquema de lavagem de dinheiro vinculado a jogos ilegais. MP decide se denuncia, arquiva ou pede novas diligências
Esmeralda Bahia: EUA vão repatriar ao Brasil pedra de R$ 2 bilhões retirada ilegalmente

Esmeralda Bahia: EUA vão repatriar ao Brasil pedra de R$ 2 bilhões retirada ilegalmente

Considerado um espécime mineral raro, a esmeralda de quase 380 kg será integrada ao Museu Geológico Brasileiro
Publicidade
Publicidade