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Padilha defende investigações e diz que Abin atuou como “organização criminosa” no governo Bolsonaro

As buscas da nova fase da Operação Vigilância Aproximada tiveram como alvo central o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro

Padilha defende investigações e diz que Abin atuou como “organização criminosa” no governo Bolsonaro
Crédito: Pedro França/Agência Senado
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu o avanço de investigações sobre a condução da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e afirmou que o órgão atuou como uma “organização criminosa” durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O posicionamento foi dado nesta segunda-feira (29), após nova operação da Polícia Federal (PF). Desta vez, a ação tem como um dos alvos o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente.

+ PF: Carlos Bolsonaro era líder político da "Abin paralela"

“A operação feita hoje mostra que a organização criminosa que foi detalhada pela CPMI do crime do dia 8 de janeiro [...] tinha tentáculos em várias instituições, inclusive utilizando mecanismo paralelos, como é o caso dessa Abin paralela, que foi criada por essa organização criminosa do governo anterior”, declarou.

Padilha relacionou as investigações aos atos de 8 de janeiro e disse que deve haver autonomia no trabalho da Polícia Federal, assim como nas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós não descansaremos enquanto todos aqueles envolvidos com os crimes que antecederam ao dia 8 de janeiro e aos crimes preparatórios do 8 de janeiro sejam devidamente apurados e punidos pela irresponsabilidade com a democracia”, defendeu.

Abin Paralela

Investigações da PF apontam que a antiga gestão da Abin, no governo anterior, fez uso da agência para ações paralelas - em pedidos ou monitoramentos de temas que ultrapassam as atividades normais da agência. As indicações são de que a Abin monitorou de forma ilegal desafetos ligados à família Bolsonaro, como o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Educação, Camilo Santana.

O ex-presidente Jair Bolsonaro nega ter recebido informações da Abin, assim como ter feito pedidos pessoais à agência.

Alvos de Operações

As buscas da nova fase da Operação Vigilância Aproximada tiveram como alvo central o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro. O "filho 02" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado como chefe do núcleo político da "Abin paralela". O "núcleo de inteligência" paralelo da Abin era comandado pelo então diretor-geral da agência, o delegado da PF Alexandre Ramagem - que foi alvo das buscas da primeira fase da Vigilância Aproximada, na última quinta (25).

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