Padilha nega crise entre governo e Congresso e defende participação de ministros em negociações
Chefe das Relações Institucionais afirmou que “quanto mais ministros conversando, melhor”; e disse ter confiança com parlamentares
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, nesta segunda-feira (5), haver crise entre o governo e o Congresso Nacional. Ao ser questionado a respeito da relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Padilha amenizou conflitos e defendeu a participação de outros ministros do governo em negociações com parlamentares.
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“O governo vai continuar com a relação muito positiva”, declarou. ”Nunca rompeu nem romperá a relação com o Congresso Nacional. Foi assim, que construímos uma agenda muito positiva”, emendou. Padilha também disse que o Executivo tem confiança no trabalho de parlamentares.
Padilha comentou a ação de outros nomes do governo em tratativas com parlamentares. Postura adotada no passado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, além do próprio titular da Economia, Fernando Haddad: “Quanto mais ministros conversando, melhor”.
Com a previsão já sinalizada de prioridade à regulação da reforma tributária e outros avanços ligados ao meio ambiente, como conclusão das definições do mercado de crédito de carbono, o ministro jogou para depois do Carnaval a previsão de novos desdobramentos da medida provisória da reoneração na folha de pagamentos.
O governo apresentou em dezembro a intenção em retomar de forma gradual a cobrança de impostos ligados à folha de pagamento de diferentes setores da economia. A intenção do governo é dar início à medida em abril, contrariando decisão tomada por parlamentares no ano passado. Tanto deputados quanto senadores aprovaram o projeto que prorroga até 2027 a desoneração a 17 setores da economia e a municípios. O Congresso também derrubou veto ao texto dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A expectativa é de que o ministro Haddad e o próprio Padilha discutam o tema com congressistas.