Moraes dá 24h para polícia explicar demora no retorno de Bolsonaro à prisão domiciliar após ida a hospital
Ex-presidente ficou parado por cerca de seis minutos em frente ao DF Star enquanto o médico Cláudio Birolini falava sobre seu caso

Jessica Cardoso
Paola Cuenca
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente informações detalhadas sobre a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua ida ao hospital DF Star, em Brasília, no domingo (14).
O despacho estabelece prazo de 24 horas para que seja entregue um “relatório circunstanciado sobre a escolta realizada, com informações do carro que transportou o custodiado, agentes que o acompanharam no quarto e o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica”.
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Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, foi autorizado por Moraes a realizar procedimentos na pele no domingo (14). Foi a primeira vez que o ex-presidente deixou sua residência após ser condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado na última quinta-feira (11).
O ex-presidente foi ao hospital para a retirada de oito lesões de pele, que foram encaminhadas para biópsia. Os resultados devem ficar prontos nos próximos dias.
Após receber alta, Bolsonaro saiu do hospital pela porta da frente acompanhado de um de seus filhos, o vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).
Antes de entrar no carro de volta para casa, permaneceu em pé por cerca de seis minutos enquanto o médico-cirurgião Cláudio Birolini falava sobre seu caso a jornalistas. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente que estavam no local também entoaram gritos de apoio e cantaram o hino nacional.