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Política

Moraes autoriza visitas a Bolsonaro, incluindo relator de projeto de anistia

Ministro do STF também liberou reunião de grupo de oração e solicitou parecer da defesa do ex-presidente sobre encontro com Tarcísio

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O ministro do STF Alexandre de Moraes | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta segunda-feira (15) uma série de visitas políticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.

Entre os nomes autorizados estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), relator do projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

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Além da proposta que pode beneficiar o ex-presidente, as autorizações ocorrem em meio à pressão do Centrão para definir um candidato de oposição nas eleições de 2026.

A decisão fixou um cronograma com datas específicas para cada encontro, contrariando o pedido da defesa para que Valdemar e o líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), tivessem acesso semanal ao ex-presidente. As visitas poderão ser realizadas somente de 9h às 18h. Em setembro, Bolsonaro receberá:

  • o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida, no dia 19;
  • o deputado federal Rodrigo Valadares, no dia 22;
  • o senador Rogério Marinho, no dia 23;
  • o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, no dia 24;
  • o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, no dia 25; e
  • o senador Wilder Morais (PL-GO), no dia 26.

“Ressalto que, todas as visitas devem observar as determinações legais e judiciais anteriormente fixadas, bem como, nos termos da decisão de 30/8/2025, serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu”, afirmou Moraes.

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O ministro também pediu que a defesa de Bolsonaro se manifeste sobre o pedido de visita feito pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta segunda-feira (15).

Bolsonaro foi condenado na última quinta-feira (11) pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A pena só começa a ser cumprida após o trânsito em julgado, ou seja, quando todos os recursos forem analisados.

Grupo de oração

Moraes também autorizou nesta segunda-feira (15) que Michelle Bolsonaro receba, na quarta-feira (17), 16 pessoas para a realização de uma reunião semanal do grupo de oração do qual a ex-primeira-dama participa.

“Todos os presos, sejam provisórios ou definitivos, têm direito à assistência religiosa, nos termos do que dispõe o preceito constitucional, razão pela qual inexiste óbice ao deferimento do pedido, devendo ser indicados as datas, os horários e os nomes dos pastores que realizarão as visitas”, afirmou o ministro na decisão.

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