Líder do PT na Câmara cobra Motta e quer nova reunião para punir envolvidos em ocupação do plenário
Lindbergh Farias (PT-RJ) acusa que, na prática, a decisão tomada pela Mesa Diretora foi adiar tudo, deixando para análise da Corregedoria

Gabriela Tunes
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), disse nesta segunda-feira (11) que irá telefonar para o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pressioná-lo a fazer outra reunião da Mesa Diretora, agora com decisão dura contra quem paralisou o Congresso na semana passada.
"O que aconteceu é grave demais para sair sem punição. Hugo Motta tem que exercer autoridade", afirmou hoje em coletiva de imprensa.
O deputado acusou que, na prática, a decisão foi adiar tudo, "empurrando" caso para a Corregedoria. Ele também citou o caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, e disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) já determinou seu afastamento imediato. "Não precisa de CCJ para ouvir testemunha. É cumprir ou não cumprir a decisão do Supremo", declarou.
Lindbergh ainda mandou recado sobre a pauta desta semana: nada de urgência para anistia ou projetos que blindem parlamentares, como o que pede fim do foro privilegiado. Quer que o foco seja a isenção do Imposto de Renda (IRPF) até R$ 5 mil, a taxação dos mais ricos e projetos contra crimes digitais.
Para ele, haverá um esforço para pautar esses projetos nessa semana. "O presidente da Câmara não pode se desviar dessa responsabilidade. É hora de defender o Estado Democrático de Direito", finalizou.