Fraude no INSS: Governo quer se aproximar da população no primeiro dia de atendimento presencial a vítimas

O governo federal se prepara para levar às ruas, nesta sexta-feira (30), as principais autoridades envolvidas na resposta às fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A estratégia foi adotada na tentativa de melhorar a imagem do governo, desgastada após a revelação do esquema de descontos não autorizados.

Internamente, o entendimento é que sair de Brasília — onde estão o Ministério da Previdência Social e as sedes dos Correios e do INSS — e percorrer o país, neste primeiro dia de atendimento presencial a aposentados e pensionistas, pode ser "visto com bons olhos" pela população.

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, que é pernambucano, escolheu uma agência dos Correios no Recife (PE) para acompanhar o primeiro dia de atendimento físico. Ele disse que pretende "receber os primeiros aposentados que chegarem ao local".

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O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, vai visitar duas agências onde haverá atendimento presencial. Ele vai a São Paulo (SP) pela manhã e ao Rio de Janeiro (RJ) durante a tarde.

Já o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, estará em uma agência de Salvador (BA).

Contra-ataque

Além de conversar com a população, os integrantes do governo Lula esperam destacar os feitos do Executivo desde que a investigação sobre as fraudes em aposentadorias e pensões veio à tona, em abril.

A ideia é reforçar que houve uma resposta rápida, mostrar disposição na devolução do dinheiro descontado de forma indevida e destacar que o esquema fraudulento foi revelado neste governo, o que descolaria a imagem da atual gestão do plano criminoso.

Atendimento presencial

A partir desta sexta-feira, mais de 4.700 agências dos Correios passam a receber as vítimas do esquema de fraudes que não conseguiram solicitar a devolução do dinheiro pelo Meu INSS e telefone 135.

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Para ser atendido, basta que o aposentado ou pensionista apresente um documento de identificação com foto. Não serão exigidos documentos adicionais.

Segundo o governo, cerca de nove milhões de segurados foram descontados em seus benefícios entre 2019 e 2024, mas o número de brasileiros que indicaram se os descontos foram ou não autorizados ainda está aquém do esperado. Até agora, pouco mais de dois milhões de beneficiários fizeram contato com o INSS.