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Política

Derrubada de aumento do IOF: Motta nega traição ao governo e diz que imposto "afeta toda cadeia econômica"

Em vídeo publicado nas redes sociais, presidente da Câmara afirmou que "agora querem criar a polarização social"

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Presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) | Divulgação/Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta segunda-feira (30) que derrubada de três decretos que aumentavam alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tenha sido uma traição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em vídeo publicado no Instagram, o deputado afirmou que é "fake" a afirmação de que o governo foi enganado pelo Congresso Nacional e pego de surpresa com votação para suspender decretos do IOF. Câmara e Senado aprovaram derrubada na última quarta (25). "Quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos", falou.

"A Câmara dos Deputados, com 383 votos, de deputados de esquerda, de direita, decidiu derrubar um aumento de imposto sobre o IOF, o imposto que afeta toda cadeia econômica", argumentou o presidente da Câmara.

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Motta ainda disse que "capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice". "E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no parlamento. O presidente de qualquer Poder não pode servir a um partido, ele tem que servir ao seu país", disse, repetindo declaração dada no início do mês.

O governo avalia, via Advocacia-Geral da União (AGU), possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra derrubada de decretos. Na sexta (27), o PSOL encaminhou à Corte uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para contestar decisão do Congresso.

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Motta: "Agora querem criar polarização social"

No vídeo, Motta também defendeu medidas "importantes para o país" aprovadas no mesmo dia da derrubada do aumento do IOF, citando medida provisória (MP) de R$ 15 bilhões para habitação, crédito consignado privado e projeto de lei (PL) que garante isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até dois salários mínimos.

Nesse sentido, Motta classificou como "fake" afirmação de que "Congresso não olha para o povo". "A polarização política no Brasil tem cansado muita gente e agora querem criar a polarização social", comentou.

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O presidente da Câmara classificou a última pergunta do post, sobre se ele é "morde e assopra", como "real" e fez elogio a políticos que se declaram de centro.

"Se uma ideia for ruim para o Brasil, eu vou morder. Mas se essa ideia for boa, eu vou assoprar para que ela possa se espalhar por todo o país. Ser de centro não é ter ausência de posição, é ter ausência de preconceito. E podem ter certeza, se uma ideia for boa, nós vamos defender e assoprar para que ela possa atingir todos os brasileiros e brasileiros", explicou.
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