Política

Crise com Alcolumbre e Motta serve de alerta para governo e lideranças

Dez entre dez aliados de Lula afirmam que ele precisa entrar em campo diretamente e chamar presidentes do Senado e da Câmara para conversar

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Presidentes do Senado, Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Motta (Republicanos-PB) | Divulgação/Marina Ramos/Câmara dos Deputados
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Emendas e cargos têm se mostrado insuficientes para diminuir ou até prevenir embates entre governo e Congresso. Tanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, quanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, têm se queixado que se sentem desrespeitados por lideranças e métodos de governo.

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Ainda que em política não existam coincidências, os motivos que levaram Alcolumbre e Motta a se desentenderem com articuladores do governo são diferentes mas ocorrem, para infelicidade do Planalto, no mesmo momento.

Mesmo que Lula nunca tenha escondido a preferência pelo nome de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), quando a indicação veio, Alcolumbre reclamou da forma. Mais do que do conteúdo. A escolha do nome veio num dia de feriado, sem nenhum contato ou satisfação prévia do Planalto com Alcolumbre, que queria a indicação de Rodrigo Pacheco ao STF. O presidente do Senado reclamou do líder governista, Jacques Wagner (PT-BA). Os dois estão sem conversar.

No caso de Motta, o presidente da Câmara se viu como alvo do líder petista Lindbergh Farias (PT-RJ) e decidiu tomar distância. Aliados dizem que Motta soube por outros deputados de comentários negativos de Lindbergh sobre ele, o que trouxe muito incômodo. Afirmam que, mais do que rompidos, os dois estão "rompidíssimos", sem conversar, e que a atitude de Motta atrapalha uma possível promoção de Lindbergh, que hoje é líder do PT, a líder do governo na Câmara, que tem a missão de coordenar toda base aliada.

Dez entre dez aliados de Lula afirmam que ele precisa entrar em campo diretamente e chamar Alcolumbre e Motta para conversar.

Não é a primeira vez que para sair da crise, o governo se depara com esse mesmo remédio, além do combo de emendas e cargos.

O episódio ilustra que prestígio e deferência podem ter valor de mercado tão poderoso quanto.

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