Política

AGU contrata escritório de advocacia nos Estados Unidos para reverter sanções

Contratação está em fase final e é aposta do governo Lula para responder ao tarifaço e sanções previstas Lei Magnitsky

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Advogado-geral da União, Jorge Messias | Divulgação/José Cruz/Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) está contratando um escritório de advocacia nos Estados Unidos para fazer frente às sanções aplicadas ao Brasil e a autoridades brasileiras pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

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De acordo com a AGU, o escritório vai "atuar administrativa e judicialmente em defesa do Estado brasileiro no âmbito das sanções impostas pelo governo norte-americano". A contratação está em fase final.

Para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a contratação deve permitir que os interesses nacionais sejam defendidos "mais de perto" junto à Casa Branca, tanto no que diz respeito ao tarifaço quanto às punições previstas, por exemplo, na Lei Magnitsky – aplicada contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Até o momento, as negociações entre os dois países não avançaram substancialmente. Uma possível ligação telefônica entre Lula e Trump, por enquanto, segue descartada. Fontes do Palácio do Planalto apontam que, como as tratativas não foram bem sucedidas nos escalões mais baixos dos dois governos, "não há clima" para se pensar em algo nesse sentido.

No início de agosto, os vistos de um servidor e um ex-servidor do Ministério da Saúde, ligados à criação do programa Mais Médicos, foram cancelados pelos Estados Unidos. Os documentos da esposa e da filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha – que ocupava pasta quando o programa foi criado, em 2013 –, também foram revogados.

Interlocutores afirmam que os advogados contratados pela AGU devem trabalhar, também, para contrapor a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro e foi indiciado pela Polícia Federal (PF).

Pra os investigadores, o parlamentar tem articulado, junto a autoridades norte-americanas, sanções a integrantes dos Três Poderes brasileiros para atrapalhar a ação sobre tentativa de golpe de estado que corre no STF e tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos réus.

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