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Polícia

Sete pessoas morrem em três operações policiais no Rio de Janeiro

Capitão da Polícia Militar está entre as vítimas dos confrontos em três comunidades

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Sete pessoas morreram durante as três operações policiais realizadas contra criminosos em comunidades do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (3).

Operação na Maré

No Complexo de Favelas da Maré, a chegada de blindados da Polícia Civil não intimidou os traficantes, que reagiram com tiros.

O objetivo era cumprir mandados de prisão contra 16 traficantes, acusados de lavar dinheiro da venda de drogas por meio da construção ilegal de imóveis e da comercialização de lotes. Segundo a investigação, o esquema utilizava funcionários da associação de moradores, onde a polícia apreendeu documentos.

"Deixar claro que isso não se estende a todas as associações de moradores. A Polícia Civil não tem a pretensão de enlamear atividades legítimas, que representam atividades legítimas da comunidade, da população", afirma Marcus Amim, secretário de Polícia Civil do Rio.

O chefe do tráfico, conhecido como Alvarenga, e que responde a mais de 170 inquéritos, não foi encontrado, mas a polícia soube do paradeiro de um importante comparsa e conseguiu prendê-lo em outra comunidade, o Jacarezinho.

William de Sousa Guedes, o Corolla, tinha a tarefa de invadir uma favela ocupada por rivais. Imagens mostram o bandido em um campo de treinamento da facção Comando Vermelho. O exercício incluía correr numa esteira segurando um fuzil.

Operação na Cidade de Deus

Já a Polícia Militar fez operação na Cidade de Deus, para reprimir o roubo de veículos e tentativas de expansão territorial pelo tráfico. Mais de uma tonelada de maconha foi apreendida. Seis suspeitos morreram. Moradores protestaram fechando a principal avenida da comunidade com barricadas de fogo. Seis suspeitos morreram.

Operação no Morro do Urubu

No Morro do Urubu, a Polícia Militar tentou desarticular uma quadrilha especializada em roubo de veículos e cargas. Houve confronto e o capitão Rafael Galvão da Costa, de 41 anos, foi morto.

Reunião com o STF

De acordo com a plataforma Fogo Cruzado, 46 policiais civis e militares foram baleados na região metropolitana do Rio desde o início do ano. 16 morreram.

Esse foi um dos temas debatidos em uma reunião entre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, e a cúpula da segurança pública do estado, na capital fluminense, horas antes das operações desta quarta-feira.

Representantes do Ministério Público também participaram do encontro e apresentaram medidas para garantir mais segurança aos moradores de comunidades durante ações policiais.

Nessas três últimas operações, os tiroteios impediram o funcionamento de 36 escolas e quatro unidades de saúde.

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