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Polícia

MP-SP diz que câmeras corporais comprovam execução de jovem por PMs em Paraisópolis

Dois policiais foram presos em flagrante por homicídio doloso; imagens mostram que Igor de Moraes Santos foi morto após se render durante operação policial

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Protestos em Paraisópolis | Foto: reprodução
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) afirmou nesta sexta-feira (11) que imagens captadas por câmeras corporais de policiais militares comprovam a execução de um jovem durante uma operação na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital. A constatação, reconhecida pela própria Polícia Militar, levou a Procuradoria-Geral de Justiça a designar o promotor do Tribunal do Júri, Everton Zanella, para acompanhar o caso.

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Dois policiais militares foram presos em flagrante pelo homicídio doloso de Igor Oliveira de Moraes Santos, 24 anos, os agentes atiraram em Igor, quando ele já estava rendido.

"A dinâmica de todos esses fatos será apurada pelo MP-SP, que reafirma seu mais firme compromisso com a defesa da ordem jurídica e sua disposição de desempenhar o papel constitucional de garantir a paz social”, informou o órgão em nota.

Operação Paraisópolis

A ação aconteceu após uma denúncia anônima ao Disque Denúncia, informando sobre tráfico de drogas na Rua Rudolf Lotze. Segundo a PM, ao chegarem ao local, os policiais identificaram quatro suspeitos fugindo. Eles foram detidos após entrarem em uma residência, onde ocorreu a morte de Igor. O jovem não tinha antecedentes criminais como adulto, só registros por atos infracionais relacionados a roubo e tráfico de drogas.

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Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), após um protesto dos moradores, policiais militares foram recebidos a tiros em outro ponto da comunidade. Um policial foi baleado e está internado no Hospital Albert Einstein, zona sul de São Paulo. Bruno Leite de 29 anos foi atingido e não resistiu aos ferimentos, ele tinha antecedentes criminais. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.

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Após o fim da operação, a corporação realizou uma análise das versões apresentadas e das imagens das câmeras corporais dos agentes. Segundo o coronel Massera, a gravação confirmou que dois policiais atiraram em Igor quando ele já havia se rendido. Os outros dois agentes que confirmaram a versão falsa dos agentes presos também serão investigados.

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