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Polícia

Dois PMs são presos em flagrante por matar jovem rendido em operação em Paraisópolis

Câmeras corporais mostraram que os agentes atiraram quando Igor Oliveira já estava rendido; ação terminou com dois mortos, quatro detidos e um PM ferido

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Protestos em Paraisópolis | Foto: reprodução
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Dois policiais militares foram presos em flagrante por homicídio doloso após uma operação na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, que terminou com duas mortes. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (11) pelo coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar. Segundo ele, os agentes atiraram em Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, quando ele já estava rendido.

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A ação aconteceu após uma denúncia anônima ao Disque Denúncia, informando sobre tráfico de drogas na Rua Rudolf Lotze. Segundo a PM, ao chegarem ao local, os policiais identificaram quatro suspeitos fugindo. Eles foram detidos após entrarem em uma residência, onde ocorreu a morte de Igor. O jovem não tinha antecedentes criminais como adulto, só registros por atos infracionais relacionados a roubo e tráfico de drogas.

Durante a operação, foram apreendidas 595 porções de maconha, 501 porções de cocaína, 208 porções de crack, 22 frascos de lança-perfume, quatro comprimidos de LSD e 32 comprimidos de ecstasy. Quatro suspeitos foram presos, todos com antecedentes criminais.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), após um protesto dos moradores, policiais militares foram recebidos a tiros em outro ponto da comunidade. Um policial foi baleado e está internado no Hospital Albert Einstein, zona sul de São Paulo. Bruno Leite de 29 anos foi atingido e não resistiu aos ferimentos, ele tinha antecedentes criminais. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.

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Após o fim da operação, a corporação realizou uma análise das versões apresentadas e das imagens das câmeras corporais dos agentes. Segundo o coronel Massera, a gravação confirmou que dois policiais atiraram em Igor quando ele já havia se rendido. Os outros dois agentes que confirmaram a versão falsa dos agentes presos também serão investigados.

"A análise dessas imagens nos indicou que a morte de Igor Oliveira não ocorreu dentro dos padrões que esperávamos, nem dentro das excludentes de ilicitude. Visualizamos que dois policiais atiraram em Igor quando ele já estava rendido", afirmou o coronel.

Massera também destacou que ações violentas como essa abalam a confiança da população na polícia e não podem ser atribuídas à falta de preparo. Para ele, os policiais tinham plena consciência do que estavam fazendo.

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