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Polícia

Laudo, mensagens e prisão de suspeito: o que se sabe sobre o Caso Vitória

Adolescente desapareceu em Cajamar (SP) e foi encontrada morta uma semana depois, em região de mata; um homem segue preso

Imagem da noticia Laudo, mensagens e prisão de suspeito: o que se sabe sobre o Caso Vitória
Vitória Regina de Sousa tinha 17 anos | Reprodução/Redes sociais
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O caso da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que ficou desaparecida por uma semana e foi encontrada morta, degolada e com os cabelos raspados, completa 15 dias nesta sexta-feira (14). Duas semanas após o crime, um homem segue preso por suspeita de participação no assassinato. A polícia encontrou, no celular dele, mensagens que apontam indícios de planejamento da morte. Na casa e no carro do suspeito foram encontrados vestígios de sangue que podem ser da adolescente.

+ Caso Vitória: fora da lista de suspeitos, amigo de preso sofre ameaças nas redes sociais

O laudo que revela a causa da morte de Vitória, obtido com exclusividade pelo SBT, mostra que o óbito foi causado por uma grande hemorragia. Abaixo, o SBT News responde 5 perguntas sobre a investigação do sequestro e morte da jovem:

1. Como Vitória desapareceu?

Vitória trabalhava como operadora de caixa em um restaurante de shopping, no centro de Cajamar, na Grande São Paulo. Como voltava tarde da noite, costumava ser buscada pelo pai no ponto de ônibus. No dia 26 de fevereiro, o carro da família estava quebrado e ela teve que fazer o trajeto sozinha.

O trajeto de uma hora exigia que ela pegasse dois ônibus. Enquanto aguardava o primeiro, ela demonstrou medo em mensagens enviadas a uma amiga: "Tem uns meninos aqui do meu lado, tô com medo".

Vitória estava no bairro de Polvilho e seguiria para a região de Ponunduva. O ônibus chegou, e a jovem avisou que os suspeitos embarcaram com ela: "Os dois pegaram, o outro acabou de vir pra trás".

Imagens de uma câmera de segurança mostram Vitória no ponto de ônibus e os rapazes ao redor. Ela entra no veículo. Pouco depois, tenta tranquilizar a amiga: "Amiga, tá de boa, nenhum desceu no mesmo ponto que eu, então tá de boaça".

Vitória contou para amiga que homens estavam a seguindo | Reprodução
Vitória contou para amiga que homens estavam a seguindo | Reprodução

Segundo o motorista do coletivo, Vitória desceu sozinha no ponto de sempre, em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, região de chácaras onde mora com a família.

A jovem também contou para a amiga, em áudios, que um carro passou devagar e os ocupantes a chamaram de "vida", o que a deixou assustada. Logo depois, parou de responder.

2. Corpo foi reconhecido?

Após uma semana de buscas, o corpo de Vitória foi encontrado em uma região de mata de Cajamar. De acordo com o delegado Aldo Galiano Junior, da Seccional de Franco da Rocha, a família da jovem não teve dúvidas ao fazer o reconhecimento do corpo.

A adolescente tinha uma tatuagem de borboleta na perna, que foi reconhecida pelos parentes, e usava um piercing no nariz.

Vitória tinha uma tatuagem de borboleta na perna | Reprodução/Redes sociais
Vitória tinha uma tatuagem de borboleta na perna | Reprodução/Redes sociais

+ Pai relata últimas conversas com Vitória antes do crime

3. Qual a causa da morte?

Vitória foi encontrada degolada, com o cabelo raspado e vestindo apenas um sutiã, segundo o delegado. A adolescente tinha três ferimentos causados por faca: um no tórax, um no pescoço e um no rosto. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), obtido com exclusividade pelo SBT, a jovem morreu por causa de um choque hipovolêmico, ou seja, uma grande hemorragia.

O ferimento que causou a hemorragia em Vitória foi um corte profundo no pescoço, que não foi feito no matagal onde o corpo foi encontrado, porque não havia sinais de um grande sangramento no local.

As mãos da adolescente estavam embaladas com plástico filme, usado para guardar alimentos. Os investigadores acreditam que os assassinos não queriam deixar vestígios de material genético nas unhas de Vitória, numa reação de defesa da jovem.

Vitória Regina de Sousa tinha 17 anos | Reprodução/Redes sociais
Vitória Regina de Sousa tinha 17 anos | Reprodução/Redes sociais

4. Quem são os suspeitos?

Polícia Civil investiga três suspeitos pelo crime | SBT
Polícia Civil investiga três suspeitos pelo crime | SBT

Na segunda-feira (10), a Polícia Civil confirmou que três homens são investigados como suspeitos do assassinato. Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, 18 pessoas foram ouvidas até o momento, mas a polícia se concentra em três nomes:

Maicol é o único suspeito preso até o momento. Gustavo e Daniel tiveram a prisão pedida, mas ambas foram negadas pela Justiça.

+ Quem é quem: saiba quem são os três suspeitos de participação na morte de Vitória

5. Quais são as provas contra Maicol?

A perícia no celular de Maicol Santos apontou que há indícios de planejamento do assassinato de Vitória. O homem fez uma pesquisa na internet sobre "como limpar cena de crime" e, após o desaparecimento, enviou mensagens sobre seu carro ter sido "filmado".

Mensagens foram encontradas no celular de Maicol Santos, único suspeito preso pelo crime | SBT
Mensagens foram encontradas no celular de Maicol Santos, único suspeito preso pelo crime | SBT

Na casa dele, onde supostamente a jovem ficou em cativeiro, peritos encontraram vestígios de sangue em um banheiro. No porta-malas do carro de Maicol, um Corolla prata, também foram encontrados vestígios de sangue. O veículo foi visto circulando na região em que o corpo da adolescente foi encontrado. A perícia vai analisar, agora, se os materiais encontrados têm o DNA de Vitória.

Ferramentas do padrasto de Maicol também foram encontradas perto do local onde o corpo da adolescente foi achado. Os investigadores acreditam que os criminosos não usaram essas ferramentas, mas, é possível que eles tinham como intenção enterrar o corpo da vítima, o que não foi feito. Peritos vão analisar as digitais que estão na pá e na enxada para tentar encontrar uma ligação entre os autores do crime e as ferramentas.

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