Caso Vitória: perícia encontra sangue em carro de suspeito de envolvimento na morte
A amostra de DNA será examinada para ajudar na conclusão da investigação e definir se material é da adolescente

Fernanda Trigueiro
Uma nova perícia realizada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (10) encontrou sangue no Corolla prata de Maicol Antonio Sales dos Santos. O carro teria sido emprestado para o ex-namorado da adolescente Vitória Regina dos Santos, encontrada morta na quarta-feira (05), em Cajamar, região metropolitana de São Paulo.
A amostra de DNA será examinada para ajudar na conclusão da investigação.
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Maicol está preso desde sábado suspeito de envolvimento na morte de Vitória. Ele é vizinho da casa da adolescente e o veículo foi visto próximo de onde o corpo de vitória foi encontrado.
A Juíza Juliana Franca Bassetto Diniz Junqueira, da Comarca de Jundiaí, acolheu o pedido de prisão de Maicol, feito pela Polícia Civil de São Paulo, argumentando haver "fortes indícios" de envolvimento dele no crime, além de "versões contraditórias acerca de seu paradeiro na data dos fatos e especialmente na noite de 26 de fevereiro", dia do desaparecimento de Vitória.
A magistrada destaca ainda que os depoimentos dele "sugerem tentativa de obstruir a persecução criminal e torna flagrante a possibilidade de influenciar futuros depoimentos".
Maicol permanecerá preso temporariamente, pelo prazo de 30 dias, conforme determinação da Justiça. Ele foi encaminhado à delegacia de Franco da Rocha, onde o caso está sendo investigado.
Pai averiguado
Carlos Alberto, o pai da adolescente, passou a ser averiguado. O critério para incluí-lo na lista de investigados seria por depoimentos controversos.
O Jornalismo do SBT teve acesso a documentos do processo judicial que citam a investigação. De acordo com a Polícia Civil, Carlos Alberto apresentou um comportamento diferente do "esperado no momento delicado desde do desaparecimento de sua filha".
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Carlos Alberto teria se preocupado em pedir um terreno para a família ao prefeito de Cajamar, quando sua filha ainda estava desaparecida. Além disso, de acordo com o documento, um relatório de uma operadora de telefonia apontou que ele realizou "diversas ligações para filha" no dia do crime, o que teria sido omitido em depoimento.
A defesa dele, representada pelo advogado Fábio Costa, alega ser um absurdo da polícia suspeitar do pai da vítima. O advogado diz que Carlos não foi ouvido formalmente, somente em diligências que têm cooperado, e não comentou das ligações por não ter sido questionado pelas autoridades.