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Brasil

Caso Vitória: entenda três pontos que levaram à primeira prisão de suspeito por envolvimento no crime

Juíza apontou depoimentos controversos e tentativa de dificultar investigação; Maicol dos Santos, vizinho da jovem, tentou compartilhar fake news sobre o crime

Imagem da noticia Caso Vitória: entenda três pontos que levaram à primeira prisão de suspeito por envolvimento no crime
Vitória está desaparecida desde quarta-feira (26) | Reprodução/SBT News
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Onze dias após o início do caso Vitória, a polícia fez a primeira prisão de um suspeito por envolvimento na morte da adolescente. Policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) cumpriram um mandado de prisão contra Maicol Antonio Sales dos Santos, em Cajamar, Grande São Paulo, neste sábado (8).

Maicol ficará preso temporariamente por 30 dias. Segundo informações do seu advogado, uma audiência será realizada para verificar "alguma ilegalidade" no momento da prisão.

Entenda abaixo o que fez a Justiça decretar sua detenção

O homem é vizinho de Vitória e dono de Corolla prata que circulou na região onde o corpo da jovem foi encontrado. Além disso, o veículo foi emprestado para o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius.

Agentes no local onde o corpo da jovem foi encontrado | Foto: Reprodução/SBT
Agentes no local onde o corpo da jovem foi encontrado | Foto: Reprodução/SBT

Na visão da juíza Juliana Franca Junqueira, era "imprescindível" a prisão dele para o andamento da investigação. O Jornalismo do SBT teve acesso ao decreto de prisão temporária.

  • De acordo com a investigação, Maicol prestou depoimento alegando que, na noite do crime, estava com a esposa. No entanto, a mulher foi ouvida e disse que estava na casa da mãe.

Maicol chegou a dizer "boa noite" por mensagem para a companheira, que soube que o Corolla prata dele estava em deslocamento. Nesse momento, a própria mulher diz ter desconfiado de uma possível traição.

  • Ainda na noite do crime, Maicol estava se comportando de uma forma "anormal" em sua casa, segundo o depoimento de ao menos duas testemunhas. Uma delas ouviu o suspeito dizer que o carro teria "ficado bom", segundo o documento da Justiça.
  • Quando o carro dele começou a ser noticiado como possível veículo utilizado no crime, Maicol pediu ajuda para um amigo a espalhar informações que desmentiam o envolvimento. Assim, "fake news" chegaram a ser compartilhadas nas redes sociais.

Diante disso, a juíza Juliana Franco Junqueira considerou que "não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados". Para ela, os depoimentos controversos ainda tinham as intenções de atrapalhar as investigações.

"Além do que as versões contraditórias acerca de seu paradeiro na data dos fatos e, especialmente na noite de 26/02, sugerem tentativa de obstruir a persecução criminal e torna flagrante a possibilidade de influenciar futuros depoimentos [...] que buscarão eliminar os pontos ainda não esclarecidos e sanar as diversas contradições", declarou a juíza.

Pedido de prisão negado para Daniel Lucas

Vitória ficou desaparecida por uma semana e foi encontrada morta nesta quarta-feira (5) | Reprodução/Redes sociais
Vitória ficou desaparecida por uma semana e foi encontrada morta nesta quarta-feira (5) | Reprodução/Redes sociais

Os investigadores também haviam pedido a prisão de outro suspeito, Daniel Lucas Pereira, que foi negado pela Justiça. No caso dele, a juíza ponderou que "a única conexão possível" entre ele e o crime é uma foto do carro de Maicol. Isso, segundo a juíza, foi "provisoriamente" esclarecido por ele.

Ainda na avaliação da juíza, Daniel tem "colaborado com as investigações e comparecido às diligências designadas, não demonstrando qualquer mínimo indício de que poderá dificultar, de qualquer modo, a conclusão da investigação".

Apesar de ter negado o pedido de prisão preventiva contra Daniel, a magistrada autorizou o cumprimentou de um mandado de busca e apreensão na casa dele.

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