Exclusivo: IML conclui laudo que revela causa da morte de Vitória Regina
Jovem morreu devido a uma grande hemorragia após sofrer corte profundo no pescoço
Fabio Diamante
Robinson Cerantula
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo concluiu o laudo que revela a causa da morte de Vitória Regina, em Cajamar, na região metropolitana. A adolescente sofreu uma hemorragia intensa provocada por um corte no pescoço.
De acordo com o documento, obtido com exclusividade pelo SBT, a jovem morreu por causa de um choque hipovolêmico, ou seja, uma grande hemorragia. Quando isso acontece, o coração não consegue bombear sangue para o corpo todo e o resultado é uma falência múltipla de órgãos.
O ferimento que causou a hemorragia em Vitória foi um corte profundo no pescoço, que não foi feito no matagal onde o corpo foi encontrado, porque não havia sinais de um grande sangramento no local.
O laudo da causa da morte é a primeira conclusão oficial dos peritos comunicada à Polícia Civil.
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Investigação
Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho, em Cajamar. O corpo dela foi encontrado em uma matagal, uma semana depois, com o cabelo raspado e sinais de tortura.
Até agora, um suspeito foi preso: Maicol Sales dos Santos. O carro dele estava no local onde a jovem foi levada pelos assassinos. Além de ter mentido durante um depoimento, peritos encontraram vestígios de sangue no carro e na casa dele.
Outros dois suspeitos, Gustavo Vinicius de Moraes Santos, ex-namorado de Vitória, e Daniel Lucas Pereira, tiveram a prisão pedida, mas a Justiça decidiu que faltam provas pra isso.
A investigação aguarda o trabalho dos peritos, que é considerado essencial pra que a morte de Vitória seja esclarecida. A promessa é de que todos os laudos sejam entregues até a próxima segunda-feira (17).
Os peritos já estão convencidos de que Vitória sofreu violência sexual. A busca, agora, é pelo material genético que pode revelar a identidade do agressor ou dos agressores.
As mãos de Vitória estavam embaladas com plástico filme, usado para guardar alimentos. Os investigadores acreditam que os assassinos não queriam deixar vestígios de material genético nas unhas de Vitória, numa reação de defesa da jovem. Peritos, no entanto, podem encontrar os mesmos vestígios no plástico e com mais facilidade.
O sangue encontrado no carro e na casa de Maicol ainda está sendo analisado. A conclusão até agora é de 99% de possibilidade que seja sangue humano. A dúvida é se a quantidade é suficiente para chegar ao DNA, que pode ser de Vitória.
